Desde o principio do atual governo que as crises dentro do Estado se propagam e só aumentam. Crise em política é como erva daninha: se você não apara, ela se espalha. Mas imagine-se um plantador de erva daninha, um semeador habitual que todo dia planta e rega a sua erva, sabendo que é invasora e que se propaga numa progressão anormal, tanto quanto se propagam rápido todas as ervas do mal – as que nascem para asfixiar e para matar o que estiver ao seu redor!
Houvesse alguém com essa capacidade de plantar o mal em seu derredor, objetivando atrofiar toda a vida em sua vizinhança, ou eliminar por asfixia as demais vidas concorrentes, qual o risco dos outros e qual seria a mais justa reação?
Quanto a erva daninha, segundo os métodos mais usuais da agricultura e da jardinagem, os combates são radicais: ou se ara a terra com cortes profundos, revirando as raízes da planta que tantos males e custos causa ao meio ambiente, ao resto da flora e à humanidade; ou se aplicam os chamados defensivos agrícolas, produtos de laboratórios que têm grande capacidade de destruição, também prejudiciais à saúde humana e danosos à própria natureza, mas muitas vezes necessários para debelar a planta invasora mortal.
Mas, que erva daninha existe na Paraíba com tal grau de destruição e ameaça ao meio ambiente, a seus vizinhos e à saúde humana, que precisa ser erradicada em pouco tempo para que não se espalhe e invada mais do que já está invadindo e asfixiando? Tem nome essa erva daninha? É de fato uma espécie do reino vegetal ou é um equivalente do reino humano com igual poder de nocividade e destruição?
Transportando os comparativos indispensáveis da área agrícola e ambiental para os ecossistemas políticos da Paraíba, a erva daninha mais ameaçadora chama-se Ricardo Coutinho, a semente humana plantada por muitas mãos no meio ambiente social que cresceu como espécie diferente e surpreendente ameaçando a todos em seu derredor, até mesmo e especialmente àqueles vizinhos que lhe ofereciam sombra e cobertura.
O que fazer agora? Fofar-lhe as bases para que ele morra por inanição à falta de nutrientes, extirpando-lhe as raízes para que ela não volte mais? Aplicar-lhe dozes devastadoras de herbicidas apropriados para eliminar o mal por cobertura mortal, sem dar-lhe tempo de respirar?
Em verdade, assim como se pode combater também as ervas daninhas com defensivos naturais, para seguir-se o apelo do que é ecologicamente possível e politicamente correto, deve-se eliminar Ricardo Coutinho pela via do controle de sua expansão nociva e predadora, até que morra dentro de seu ciclo de vida política natural. E se o remédio não surtir efeito, e como a sua resistência já está bastante minada pela reação de todos os seus vizinhos e seus protetores ambientais (os que lhe deram sombra e cobertura), aplique-se o mesmo defensivo natural que ele usou em principio para asfixiar os concorrentes ao seu derredor: o voto, o mais eficaz produto do laboratório social, usado pelo povo para plantar e eliminar as ervas daninhas do meio ambiente político, que crescem em torno de si mesma e destroem tudo no entorno de sua vizinhança. Mas, e os riscos? Bem, só haverá riscos se a erva do mal não for combatida.