Gilvan Freire diz que Ricardo Coutinho venceu, mas segue com os mesmos “defeitos”

O analista disse que o governador é o mesmo que foi visto pelas categorias de servidores como “intransigente”

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O analista político Gilvan Freire participou do programa “Debate sem Censura” na tarde de hoje e fez observações a respeito do resultado das eleições. Freire disse que mesmo com a vitória, Ricardo Coutinho é o mesmo e segue com os mesmos defeitos.

Gilvan comparou o vitorioso na eleição a um pequeno deus: “Uma discussão interessante agora é sobre a vitória de um candidato. Porque quando eles ganham eles acham que são um espécie de deus. Quem ganha é um deus pequeno. E não tem nada disso, continuam os mesmos com os mesmos defeitos”, pontuou.

O analista disse que o governador é o mesmo que foi visto pelas categorias de servidores como “intransigente” ou que teve rejeição elevada em várias pesquisas: “Veja Ricardo Coutinho que teve 52% dos votos, mas dias atrás ele não chegava a 30%, e é o mesmo Ricardo Coutinho que era rejeitado nas pesquisas, criticado pela opinião pública e servidores, mas que ganhou a eleição. Ora, durante três anos de governo esse cara não teve o sucesso que teve no dia da eleição”, ponderou.

Para Gilvan, Ricardo Coutinho pregou o modelo nova política que combatia as velhas práticas, mas precisou das oligarquias para chegar a vitória no segundo turno: “As oligarquias que foram arrebanhadas pelo governador foram muito importantes e já são acostumados a formarem oligarquias. O PT dos Cartaxo é um exemplo disso, os Paulino em Guarabira já estão no poder a 50 anos, desde o pai de Roberto Paulino. Uma família que tem muitos líderes na política como prefeitos, deputados, e essas correntes políticas vieram em socorro de Ricardo Coutinho porque ele se abriu a essas correntes porque ele é um reformador, porque aquela balela de que ele é contra a classe política não existe”, disse.

Pela prática apresentada na campanha, Gilvan considera que Ricardo se apropriou dos modelos aos quais criticava: “Então, não podemos pensar que Ricardo Coutinho não usa a velha política, que caiu do céu e irá resolver todos os problemas, porque na verdade ele reuniu os conservadores e está seguindo o mesmo modelo”.

Do ponto de vista do eleitor, Gilvan avaliou que independente do partido ou candidato os eleitores são semelhantes: “Não existe eleitor maior ou pior. Existe eleitor que ganha e eleitor que perde a eleição. E que na próxima vai ganhar ou perder. Então o orgulho do eleitor é ter sua escolha, seu direito de votar por aquele que tem paixão. Tanto Ricardo quanto Cássio tem seus eleitores e vão manter alguns e perder outros. Não sei quanto tempo cada um irá mantê-los”, concluiu.

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