Gilvan Freire e Walter Santos participaram hoje do programa ‘Debate Sem Censura’, da Rádio Sanhauá, e comentaram a possibilidade de perda de mandatos dos parlamentares que mudaram de partido sem justificativa. Segundo Gilvan, faltando apenas um ano para o término do mandato, não haverá tempo da ação do Ministério Público conseguir tirar os deputados de seus cargos.
Já Walter Santos disse que é algo que está nas probabilidades e até a ação se tornar decisão, levará bastante tempo, “dependendo das articulações dos parlamentares” não sairá até julho do próximo ano, quando todos estarão em campanha eleitoral.
Sobre a manutenção do número de parlamentares nas bancadas estaduais e federais, Walter disse que era previsível. Ele disse que o TSE cumpriu o seu papel tendo dados do IBGE para adequar a representação legislativa, mas o Congresso agiu e decidiu derrubar a decisão do Tribunal.
Indagados sobre a presença do senador Cássio Cunha Lima no aniversário do governador Ricardo Coutinho, Walter disse que o Senador foi aclamado, mas manteve a linha de não confirmar a aliança no próximo ano. Já Gilvan Freire disse que a relação dos dois é bem parecida com a de desafetos políticos, ele disse que não há trocas de elogios entre eles e afirmou que os presentes na festa ficaram frustrados com a postura de Cássio.
Segundo Gilvan, Cássio não pode estar satisfeito com o governo de Ricardo e o Governador, por sua vez, não pode estar animado com o apoio de Cássio. Ele disse que o Senador só esteve lá para atrasar um possível acerto com Wilson Santiago, que foi chamado de Cigano, por conversar com todos os partidos.
Gilvan Freire disse que com essa postura, Santiago está se encaminhando pra ir para a derrocada, que, para ele, é o local para onde vão todos os neutros. Já Walter disse que a falta de sinais de manutenção de aliança entre Cássio e Ricardo, “tudo parece teatro”.