não é dono do “JEGUE”

Genival Lacerda cobra: de quem é esse JEGUE??? - Por Milton Figueiredo

Transformar o São João de 2017 em um verdadeiro evento do Pé-de-Serra! Valorizar os artistas locais, nossa cultura verdadeira, nossa gastronomia, as quadrilhas juninas, nossa arte, diminuir o número de atrações por noite e ter a certeza que o turista que vem gastar em Campina, pouco fará questão de vir para assistir a shows megalomaníacos.

Genival Lacerda: de quem é esse JEGUE???

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Foi simplesmente maravilhoso o que o cantor Genival Lacerda fez, quando gravou uma mensagem de áudio e espalhou nas redes sociais, dizendo que o prefeito ROMERO RODRIGUES, de Campina Grande, deveria pagá-lo pelo show que o artista e banda teriam realizado no Parque do Povo, no São João 2016.

Custo do show de Genival Lacerda: R$ 70 mil (setenta mil reais)

As declarações de Genival Lacerda mostram bem como funciona o relacionamento “PROFISSIONAL” de alguns artistas.

O pagamento do show, que deveria ter sido efetuado pela empresa “ALIANÇA”, que é responsável pela captação de patrocinadores do evento e também atua na execução da festa, só não teria sido feito pelo fato do artista não disponibilizar empresa nem documentação fiscal regular, que permita o recebimento, e que, por questões do próprio artista, não poderia receber repasses em sua conta corrente devido ao fato de haver bloqueios imediatos dos valores, por questões judiciais, já por outros fatores. O repasse para o cantor não foi efetuado para sua conta pessoal, pela empresa, a pedido do próprio artista. Que ao mesmo tempo não teria conseguido viabilizar uma forma legal de execução.

O que foi apurado é que o prefeito de Campina Grande, após a negativa de pagamento da empresa captadora, havia solicitado a procuradoria do município para tentar pedir uma autorização, por meio de um processo, ao Tribunal de Contas do Estado da Paraíba, que pudesse permitir a liquidação. Ou seja, o prefeito da cidade, que não é dono do “JEGUE”, está empenhado em resolver o imbróglio e terminou sendo crucificado pelo artista.

Acontece que a parte burocrática não se resolve do dia para a noite, e o rito processual tem de ser cumprido. Sendo que, quem não tem que responder legalmente pela operação, não está nem aí. Acha que para fazer uma despesa em um órgão público e sacar o dinheiro, pode ser ao bel prazer do gestor. Aliás, como em tempos de outrora.

A regra agora é outra! Existe uma coisa chamada responsabilidade e que quem não se adequar, pelos meios legais, vai ser banido da vida pública.

Mas o bom de tudo isso é que o prefeito ROMERO RODRIGUES já tem a oportunidade de tomar uma decisão histórica: acabar a farra de artistas para se apresentar no São João com cachês milionários. Transformar o São João de 2017 em um verdadeiro evento do Pé-de-Serra! Valorizar os artistas locais, nossa cultura verdadeira, nossa gastronomia, as quadrilhas juninas, nossa arte, diminuir o número de atrações por noite e ter a certeza que o turista que vem gastar em Campina, pouco fará questão de vir para assistir a shows megalomaníacos.

Só pode subir aos palcos do São João as atrações que cumprirem o que manda a lei. Recolherem os devidos impostos e estiverem com todas as questões fiscais regularizadas. É só seguir o que manda a lei.

Os artistas que quiserem lucros astronômicos, que façam shows em casa particulares. Quem quiser que pague do seu próprio bolso. Isso é o justo.

Atenção artistas, casas de shows, empresários e produtores de bandas sertanejas e de forró eletrônico: acabou a informalidade e o favorecimento político, o mundo mudou e a prioridade agora é outra!!!

Alguns outros artistas estão declarando estar na mesma situação, o que a sociedade espera de todos é que possam cumprir com todas as obrigações fiscais, como todo contribuinte é obrigado.

Milton Figueiredo: OPINIÃO – Jornalista MILTON FIGUEIREDO

Fonte: resumopb
Créditos: Por Milton Figueiredo