O deputado Frei Anastácio (PT) disse hoje, na Assembléia Legislativa, que a queda no comprometimento da folha de pagamento em relação às receitas do estado, no primeiro quadrimestre do ano, não se deve só à demissão de prestadores de serviços. “A demissão das mães e pais de famílias representou apenas a economia de R$ 8,8 milhões. Isso corresponde a cerca de 1% do percentual”, disse o parlamentar.
Segundo o petista, isso prova que o atual governo demitiu e preencheu as vagas com outras pessoas. “O pior é que o governador usou a demissão dos prestadores como um ato que salvaria as finanças do estado e isso não é verdade”, destacou.
Segundo Frei Anastácio, a redução de 56,8% para 52,8% não aconteceu devido a uma redução de 207 milhões de reais nas despesas com pessoal e encargos. A verdade é que as despesas com pessoal caíram de R$ 2.752.800 milhões (valor anualizado) verificado no último quadrimestre de 2010, para R$ 2.743.940 milhões no primeiro quadrimestre de 2011. A queda, em termos relativos, foi de 0,32%, e em termos absolutos, de R$ 8,860 milhões.
“O que o governo tentou fazer agora foi maquiar a pseudo redução tida pelo responsável pela Controladoria Geral do Estado da seguinte forma: A receita corrente liquida do estado cresceu de R$ 4,83 bilhões no 3º quadrimestre de 2010 para R$ 5,19 bilhões no 1º quadrimestre de 2011, crescimento esse na ordem de 7,45%”,detalhou Frei Anastácio, acrescentando que a Controladoria Geral do Estado divulgou, em nota explicativa, que: “…esta redução do excesso de gastos foi na ordem de 4% da RCL ou cerca de R$ 207 milhões.”
“No que tange as despesas liquidadas nos quatro primeiros meses de 2011, observa-se que já se executou cerca de 31,13% do total previsto. Vale salientar que do total executado, cerca de R$ 510,9 milhões de reais ficaram como superávit orçamentário, isto é, enquanto se arrecadou R$ 2.196.868, se gastou R$ 1.685”,afirmou Frei Anastácio.