Arimatea Souza

Último aviso

Recomendação emitida ontem pelos Ministérios Público Federal e Estadual aos prefeitos em final de mandato pede a apresentação da prestação de contas de todos os convênios celebrados com os governos estadual e federal, cuja vigência, parcial ou final, se encerre até 31.12.2012.

Radiografia

É também sublinhada a obrigação da apresentação de informações sobre as dívidas e receitas municipais; situação das licitações, contratos e obras públicas; bem como informações sobre o funcionalismo e os bens públicos.

Atualização
Que se mantenha “a alimentação regular e tempestiva do Sagres (sistema de informações) do Tribunal de Contas, assim como os sistemas federais correlatos”.

Desobediência
As duas instâncias do Ministério Público avisam que o descumprimento das recomendações acima e das demais elencadas na correspondência dirigida aos prefeitos ensejará a promoção de ações penais e de improbidade administrativa.

‘Xerife’ do caixa
O economista Jaci Toscano, ex-secretário de Finanças da Paraíba, vai tocar a Secretaria de Finanças da PMCG no Governo Romero.
Uma acertada escolha.

Troca de bastão
Cada vez mais o vereador eleito Bruno Cunha Lima (PSDB) assume a condição de candidato ‘dissidente’ à presidência do Legislativo campinense, competindo com o atual presidente Nelson Gomes Filho (PRP).

Derivação
Tovar Correia Lima (PSDB, reeleito), que puxou esse grupo de vereadores, emite sinais de que acabará integrando o secretariado municipal.

Agrupamento
“Não há radicalidade nesse processo”, amenizou Bruno, ontem, acentuando que “não me lancei candidato a presidente. Apenas integramos um grupo de dez vereadores eleitos na coligação de Romero, além do vereador Napoleão Maracajá (PCdoB). Esse grupo assinou um documento defendendo a melhoria da imagem da Câmara”, esclareceu Bruno.

Exageros
Mas aliados de Nelson denunciam que o grupo coordenado por Bruno estaria lançando mão de procedimentos ‘pouco republicanos’ em busca de apoio.

Artilharia
Como APARTE publicou ontem, a ex-secretária de Comunicação do Estado, Tatiana Domiciano, deixou o cargo atirando no seu antecessor, Nonato Bandeira.
Das duas uma: foi inábil ou levou a cabo uma orientação governamental.

Resgate
“A Secom entrou nos eixos. Peguei uma secretaria desestruturada e absolutamente sem rumo (…) Nós encontramos uma ausência dos controles de processos e da verba surpreendente (…) Todas as forças dele (Nonato) foram canalizadas para objetivos pessoais, e não para o grupo do qual ele pertencia e no qual foi prestigiado durante tanto tempo”.

Ofensiva
O ex-titular da Secom reagiu duramente, numa espécie de ensaio do tom que poderá permear o ambiente partidário na Capital nos próximos meses.

Sujeito oculto
“A ex-secretária não fala por si só, até porque raramente ela deu entrevistas. Evidentemente que isso é obra do governo estadual. Desde que eu sai da Secom, o chefe maior passou a me atacar e a me perseguir”, argumentou Bandeira.

Preposta
Para ele, Tatiana fez acusações “sem um único documento, e com base apenas em orientações emanadas do Palácio da Redenção”.

Atuação
Nonato garantiu que prestou contas “de todos os centavos. Nunca tive qualquer desvio de conduta ou malversação de dinheiro público” como auxiliar da administração estadual.

Sem limite
O agora vice-prefeito eleito acusou o Estado de ter feito gastos desmedidos no período eleitoral “para tentar alavancar” a sua então candidata à prefeita (Estela) da Capital.
“Isso é uma irresponsabilidade administrativa que eu nunca tinha visto”, bradou.

Gastança
O ex-secretário frisou que “em apenas sete meses Tatiana empenhou nada menos que R$ 30.196.694,57, dos quais a maior parte ocorreu durante o período eleitoral, com muita propaganda em João Pessoa”.

Comparativo
Ele comparou em seguida: juntando os três primeiros meses e quatro dias em que ocupou a pasta este ano – quando empenhou em publicidade a quantia de R$ 6.325.268,48 -, com todo o ano de 2011, cujo empenho foi de R$ 8.717.380,54, gastou R$ 15.042.649,02 em divulgação.

“Perdulário”
Para Bandeira, o governo de Ricardo Coutinho tem sido “perdulário, gastando desnecessariamente para tentar eleger a sua candidata, enquanto a seca toma conta do Sertão”.
Desafio público

Ainda Nonato Bandeira: “Era muito importante que o governador, ao invés de mandar subalternos me atacar, que ele mesmo tivesse a coragem de me atacar e dizer exatamente o que pensa, para que eu pudesse dizer o que penso e o que eu sei”.
– Como ele não tem coragem de me encarar, recorre a terceiros que se prestam a esse papel subalterno – arrematou o ex-titular da Secom.

O antigo matadouro de Campina ainda vai dar o que falar…