Uma operação montada por petistas para soltar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba desde sete de abril, acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, fracassou na noite do domingo, depois de ter agitado os meios jurídicos e políticos durante quase todo o dia. O “imbróglio” começou com a decisão do desembargador Rogério Favreto, plantonista no Tribunal Regional Federal da Quarta Região, concedendo habeas-corpus para libertar o ex-presidente, impetrado pelos deputados federais Wadih Damous, Paulo Pimenta e Paulo Teixeira, sob alegação de que não há fundamento jurídico para a prisão.
Ex-militante petista, que ocupou cargos em governos de filiados à legenda e foi nomeado desembargador pela ex-presidente Dilma Rousseff, Rogério Favreto, que em 2006 fez uma doação de R$ 60 ao deputado Paulo Pimenta, na sua campanha no Rio Grande do Sul, emitiu três liminares determinando a soltura do ex-presidente em “aproximadamente uma hora”. A medida desencadeou choque de opiniões e manifestações de protesto a partir do Judiciário, com o juiz Sergio Moro, que está de férias, qualificando de ilegítima a liminar por “falta de competência” de Favreto para tanto. Enquanto dirigentes petistas, como a senadora Gleisi Hoffmann, atiçavam a militância, propondo mobilização em frente à PF do Paraná para forçar a execução da sentença, o relator da Lava-Jato, João Pedro Gebran Neto, também do TRF-4, opinou pela manutenção da prisão. Leia mais.
Fonte: Os Guedes
Créditos: Os Guedes