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FILHOS AMEAÇADOS: Rachel Sheherazade desabafa e diz ataques começaram após críticas ao governo Bolsonaro

A apresentadora Rachel Sheherazade utilizou do Twitter, nesta quinta-feira (27), para afirmar que vem sendo ameaçada de morte. Segundo ela, os ataques tiveram início há quase dois anos, ainda em 2018, quando fez críticas ao então candidato à Presidência Jair Bolsonaro, que foi eleito em seguida.

“Campanhas difamatórias, ataques em massa, ameaças de morte, ameaças contra meus filhos têm sido uma rotina desde que ousei criticar o então candidato Jair Bolsonaro, ainda no episódio da greve dos caminhoneiros em 2018”, afirmou a apresentadora.

O desabafo de Sheherazade foi feito ao comentar os ataques que estão sendo feitos à jornalista Vera Magalhães. Desde que publicou, no site do “Estado de S.Paulo”, a mensagem de WhatsApp do presidente Jair Bolsonaro com um vídeo convocando para uma manifestação, Vera vem sendo hostilizada por apoiadores do presidente nas redes sociais.

“Não me surpreendem os ataques direcionados à jornalista Vera Magalhães. São da mesma natureza – vil, covarde, decrépita e misógina- das agressões a outras colegas de profissão, como Miriam Leitão, Eliane Cantanhêde e Patrícia Campos Mello. O que têm em comum, além das vítimas serem mulheres?”, escreveu Rachel Sheherazade.

Ainda na publicação, a apresentadora não atribui os ataques a Bolsonaro de forma direta, mas, para ela, o presidente “tira proveito do ódio que semeia”. “É esse ódio que inspira seus discípulos, que encoraja os covardes, que põe em cheque a própria liberdade de imprensa”, completou.

Ato anti-Congresso e pró-Bolsonaro
Bolsonaro enviou vídeos em grupos de WhatsApp que conclamam a população a ir às ruas no dia 15 de março protestar contra o STF e o Congresso. O ex-deputado federal Alberto Fraga (DEM-DF) confirmou, ao jornal Folha de S. Paulo, ter recebido o vídeo do próprio presidente.

No vídeo, que tem duração de 1 minuto e meio, não há menção ao Congresso ou ao STF, mas são exibidas imagens de protestos realizados na época do impeachment de Dilma Roussef (PT), da posse de Bolsonaro e do momento em que ele levou uma facada durante sua campanha presidencial. A manifestação foi convocada por apoiadores do presidente após uma declaração do ministro Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) sobre uma “chantagem” que o Executivo estaria sofrendo por parte do Congresso.

Decano do STF, o ministro Celso de Mello enviou mensagem por escrito à Folha de S. Paulo sobre a convocação do presidente. Ele citou crime de responsabilidade e afirmou que, ‘se confirmada’, convocação de presidente contra o parlamento e Supremo demonstra ‘visão indigna’.

Fonte: Pragmatismo Político
Créditos: Pragmatismo Político