Campina Grande

Festa de R$ 3 milhões e fuga premeditada; ex-funcionário da Braiscompany revela bastidores da empresa

Foto: Divulgação

Em entrevista ao Portal do Bitcoin, Ismael Lira, ex-segurança da Braiscompany, divulgou detalhes e bastidores das operações supostamente fraudulentas praticadas pela empresa de Antônio Neto Ais e Fabrícia Campos. Segundo ele, a Braiscompany era faminta por clientes e não se importava com a condição financeira, e até de saúde, do ‘cliente’.

“Eles conseguiram enganar praticamente todo mundo. Não escolhiam classe social, nem poupava quem estava em estado terminal, morrendo de fome… tomaram casa, tomaram tudo. Campina Grande vive hoje em um colapso financeiro”, disse Lira.

Dados atualizados da PF estimam que o prejuízo deixado pelo esquema da Braiscompany está em torno de R$ 2 bilhões. Segundo o ex-segurança, o casal já dava sinais de fuga quando tudo da empresa estava sendo vendido.

“O casal fugiu porque já está acostumado em dar golpe e participar de pirâmide financeira”, contou.

“Eles fugiram porque já tinha tudo premeditado. Quando eles mudaram aqueles contratos de locação de criptomoedas de R$ 1 mil, que antes eram de R$ 6 mil, na hora eu disse lá em casa: ‘me ferrei, perdi meu dinheiro'”, emendou.

Ismael, que também era motorista do casal, disse ter presenciado tudo sendo vendido às pressas. Em dezembro do ano passado, no mesmo período em que a Braiscompany parou de pagar os clientes, Antônio Ais vendeu uma mansão por R$ 12,5 milhões, mesmo o imóvel sendo estimado em R$ 15 milhões.

O ex-funcionário detalhou como foi sua contratação para trabalhar com Antônio e a Braiscompany. Ele disse que começou a prestar seus serviços de segurança como freelancer para a Braiscompany quando Ais viajava para São Paulo. Depois de um período como freelancer, Lira foi contratado como segurança patrimonial, para trabalhar na matriz da empresa, em Campina Grande. O salário acordado foi em R$ 2.500, porém, ao receber a carteira de trabalho assinada, o salário era apenas o mínimo.

Ao questionar o fato, Ismael ouviu da empresa que o restante do pagamento seria feito em criptomoedas, Bitcoin e XRP, e que era assim que a empresa trabalhava.

De acordo com o ex-funcionário, no final de 2021, Ais fez uma festa em um salão que fica na saída de Campina Grande, onde participaram cerca de 30 funcionários que estavam no negócio desde o começo. No evento, Ais teria presenteado cada um deles com R$ 100 mil, chegando a um valor de R$ 3 milhões em ‘presentes’.

O ex-funcionário revelou que a empresa descontava 30% do salário de consultores, para que o valor fosse aportado na empresa. Disse também que caso algum trader saísse da Braiscompany, deveria passar cinco anos sem operar por outra da concorrência, sob risco de sofrer um processo.

Clique aqui e leia a entrevista na íntegra.

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba