foto

Bateu na trave

Foi feio e ruidoso o bate-boca ocorrido na sessão de ontem da Assembleia Legislativa envolvendo os deputados Trócolli Júnior (PMDB) e João Henrique (DEM).
Tudo começou quando o peemedebista resolveu fazer uma brincadeira – com um pouco de fala séria -, insinuando que os governistas tinham levado um ´puxão de orelha´ de Ricardo Coutinho, e que por essa razão estariam mais atentos na defesa do Executivo.

Braço quase funciona
João não gostou e o ´sururu´começou, com frases apimentadas de lado a lado.
O demista ainda tentou partir para cima de Trocolli, dedo em riste, mas aí entrou a turma do ´deixa disso´.

Florir a Serra
O prefeito Romero Rodrigues determinou à Secretaria de Serviços Urbanos o embelezamento das praças e principais canteiros de Campina com flores.

Fogo cerrado
O jornal O Estado de São Paulo noticiou ontem que a Polícia Federal afirma ter encontrado indícios de corrupção passiva dos deputados federais Efraim de Morais Filho (DEM-PB) e Valtenir Pereira (PSB-MT), supostamente envolvidos com a Ideia Digital – “empresa que teria sido favorecida em contratos superfaturados com recursos de emendas parlamentares para implantação de internet gratuita em João Pessoa”.

Interceptação
A PF interceptou e-mails de um sócio da empresa – Paulo de Tarso – para Efraim, entre 14 e 20 de dezembro de 2010.

Imóvel
A correspondência trata de um terreno que, segundo a PF, seria de interesse do deputado, em área do resort Barra do Garaú, litoral paraibano.

Emendas
A PF cita duas emendas do deputado, no valor de R$ 1,5 milhão, para projetos de inclusão digital na Paraíba com verba do Ministério da Ciência e Tecnologia.

Reunidos
A PF captou e-mail de Mário Lago, outro sócio da Ideia, para Tarso.
Citam “uma reunião em Brasília” com Efraim.

Indícios
“Em desfavor do deputado Efraim há indícios de corrupção passiva, em troca de ajustes em emendas de sua autoria”, cita relatório apartado da PF, reproduzido pelo ´Estadão´.

CGU
A Controladoria-Geral da União fala em “recebimento de vantagem indevida pelo parlamentar”.

Encaminhamento
Em 14 de dezembro de 2010, Efraim enviou um ´link´ (endereço virtual) para Paulo de Tarso, da Ideia.
“Caro Paulo, assista o vídeo. Acredito que está suficiente como material de apresentação. Abs. Efraim.”

´Plano de ação´
Em 1º de fevereiro de 2011, Lago escreveu para Tarso: “Após a reunião iremos definir o plano de ação com o objetivo de definirmos o escopo da emenda de Efraim”.

Evolução
Tarso comenta: “O assunto Efraim andou e vamos precisar conversar com ele sobre o projeto que ele comentou, PPP paraibana liberada para trabalharmos”.

Ciência
Ao jornal, Efraim Filho disse que soube do empreendimento em Barra do Garaú através do presidente da Associação Brasileira de Turismólogo na Paraíba, “como um projeto de desenvolvimento turístico para o Estado”.

Não prosperou
“Ele era apenas conhecedor do projeto e foi essa informação que passou adiante. O projeto até hoje sequer saiu do papel por falta de licenças ambientais, o que torna impossível qualquer tratativa que envolvesse terrenos”, assinala a assessoria do demista.

Sem vinculação
O gabinete de Efraim destaca que suas emendas destinadas ao Ministério da C&T foram vetadas pela presidente Dilma e que a PF não o vincula às fraudes envolvendo a Ideia Digital.
“As informações são absurdas, sem fundamentação”, arremata Efraim, via assessoria.

Ex-aliado
Nonato Bandeira, ex-secretário de Comunicação do Estado, ´quebrou o gelo´ dos últimos dias e comentou ontem achar muito estranho o governador vir a público – ao se defender das acusações da Polícia Federal no inquérito sobre o programa ‘Jampa Digital’ – negar que tenha sido o responsável pela contratação do publicitário Duda Mendonça em 2010, atribuindo tal decisão a Nonato, à época coordenador de sua campanha.

Quem decide
“É absolutamente natural e fundamental que uma campanha política contrate uma agência de marketing e pague pelo trabalho de sua equipe. E essa é uma decisão tão importante tomada por um candidato majoritário que dela pode depender o resultado das eleições. A última palavra sempre é do cabeça de chapa”, discorreu Nonato.

Sem delegar
O ex-titular da Secom acentuou que “em se tratando de Ricardo então – que nunca foi de terceirizar decisões mesmo nas maiores adversidades -, jamais ele abriria mão de bater o martelo na hora das definições”.

Haja obras paradas Paraíba afora…