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EXPECTATIVA DE VIDA DO PARAIBANO AUMENTOU 14,2 %

Para chegar a todas essas conclusões o estudo utilizou dados do Censo demográfico de 2010, das estatísticas de óbitos provenientes do Registro Civil e do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde para o ano de 2010.

Quando avaliado o crescimento dos estados do Nordeste nos 30 anos da pesquisa, o destaque é o Rio Grande do Norte, que passou de 58,2 para 74 anos, uma evolução de 15,8 anos, a maior do Brasil. Pernambuco (14,4 anos), Paraíba (14,2), Alagoas (13,5) e Ceará (13,4) também elevaram a esperança de vida mais que a Bahia no período. Sergipe (10,8), Piauí e Maranhão (11,2) evoluíram menos.

Com isso, a elevação da expectativa de vida baiana foi um pouco abaixo do aumento médio registrado na região Nordeste, de 12,95 anos. A região, que tinha a esperança de vida ao nascer mais baixa em 1980 (58,25 anos), aumentou esse índice para 71,2 anos em 2010, a maior alta do país.

Dessa forma, a região ultrapassou ligeiramente o Norte do país, que anteriormente estava à sua frente (evoluiu de 60,75 para 70,76 anos). Essa inversão se deveu, principalmente, ao aumento de 14,14 anos na esperança de vida das mulheres nordestinas, que foi de 61,27 anos para 75,41. No Norte, esse aumento foi menor, 10,62 anos – passando de 63,74 para 74,36 anos.

A ampliação dos serviços de saneamento básico e o aumento do nível de formação das mães levaram a uma redução brusca, na Bahia, do índice de mortalidade infantil – que mede o número de crianças mortas antes de completar um ano a cada mil nascidas.

Na Bahia, esse índice, que era de 83 por mil em 1980, caiu para 23,1, uma redução de 60 mortes a cada mil nascimentos. “A redução é um aspecto positivo, mas os nossos índices de mortalidade ainda são altos, se comparados à média nacional”, destaca Joilson Rodrigues, do IBGE.

No Brasil, a média é de 16,7. Segundo ele, a existência do semiárido é um dos fatores que impedem uma evolução  maior. “É uma região onde falta muita água, o que tem forte impacto nas condições sanitárias. O nível de informação das mães sobre questões básicas de higiene também é baixo”, explica.

No cenário nacional, a esperança de vida do brasileiro recém-nascido cresceu, em média, 4 meses e 15 dias por ano. O estudo do IBGE também mostra, ao lado de avanços como o aumento do tempo de vida das mulheres e da expansão da sobrevida dos idosos, os limites impostos a esse processo, sobretudo pela violência urbana, causa da grande quantidade de mortos entre homens jovens, com ênfase na faixa de 20 a 24 anos.

No ranking de 2010, Santa Catarina foi a campeã da expectativa de vida, com o índice em 76,8 anos. A lista segue com Distrito Federal (76,2), São Paulo (76) e Rio Grande do Sul (75,9).