Rubens Nóbrega
Recomendo aos leitores, amigos e colegas jornalistas em geral que reservem datas e horários em suas agendas para dois eventos imprescindíveis a nossa compreensão e inserção proativa na realidade presente do Brasil e da Paraíba.
Ambos estão programados para a penúltima semana deste mês, em João Pessoa. Destaco, inicialmente, o I Fórum Regional sobre Direito, Democracia e Desenvolvimento – Políticas Públicas e Justiça de Gênero, que será realizado nos dias 21, 22 e 23 deste mês, no Hotel Tambaú.
Trata-se de uma promoção do Núcleo de Apoio aos Estagiários da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Paraíba (NAE-PB), coordenado pelo Doutor Léo Vieira.
O Fórum terá apoio do NEPGD (Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Gênero e Direito), da UFPB.
Segundo nota distribuída pela organização, o simpósio terá entre seus palestrantes renomados juristas e personalidades políticas de projeção nacional, a exemplo do ex-governador José Serra, de São Paulo, e da ex-senadora Heloisa Helena, presidente nacional do PSOL.
“Já foram confirmadas também as presenças do ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST) Ives Gandra Martins Filho, conselheiro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), e de Ophir Filgueiras Cavalcante Júnior, presidente do Conselho Federal da OAB”, acrescenta Léo Vieira.
Além desses, o Fórum trará à Paraíba a professora Cláudia Dides, coordenadora do Programa de Inclusão Social e Gênero da Faculdade Latinoamericana de Ciências Sociais do Chile, além de consultora da Organização Panamericana da Saúde (Opas).
“Será o primeiro evento do gênero dessa magnitude na Paraíba”, comemora o coordenador, observando ainda que os especialistas convidados debaterão temas relevantes da realidade jurídica e social do Brasil e da Paraíba.
“Sobretudo no que diz respeito à desigualdade e violência de gênero e políticas públicas para o desenvolvimento e saúde”, antecipa Léo Vieira, adiantando ainda que nos próximos dias o NAE-PB divulgará a lista de todos os demais expositores e debatedores do Fórum.
Números da transparência
O outro evento que tenho a maior satisfação de divulgar é o I WorkFocco para Comunicadores, promoção do Fórum Paraibano de Combate à Corrupção (Focco-PB) e da Associação Paraibana de Imprensa (API).
Esse está marcado para a manhã do dia 22, das 8 às 11h, no auditório da OAB-PB, no Centro da Capital, e tem como objetivo “buscar uma interação maior com a imprensa para divulgar e discutir ações e fatos ligados à prevenção e combate à corrupção”.
Trocando em miúdos, “o WorkFocco pretende reunir editores, radialistas, repórteres, estudantes de Jornalismo, blogueiros e tuiteiros para demonstrar nos portais de transparência, algumas ferramentas e números que podem ser utilizados para se entender melhor as diversas gestões públicas nos governos federal, estadual e municipal”, explica nota divulgada pela API.
Os coleguinhas que participarem terão a oportunidade de aprender a pesquisar melhor sobre dados que mostram como os gestores públicos, em especial nossos agentes políticos, estão empregando e gastando o dinheiro do povo.
Nossos professores serão profissionais da melhor qualidade, entre eles dirigentes e técnicos da Controladoria-Geral da União (CGU), Controladoria-Geral do Estado (CGE) e Tribunal de Contas do Estado (TCE).
RC: demodé e privatizante
(Dos melhores analistas políticos em atuação na Paraíba)
– Ao longo desses anos depois de 1995, o mundo mudou, o neoliberalismo entrou em crise por conta da crise em que ele meteu o capitalismo, mas essas ideias continuam a fazer adeptos no Brasil, e na Paraíba, em especial. (…) E o que nos apresentaram os novos dirigentes do Trauma sobre a gestão da Cruz Vermelha? Números. E a frieza deles revela o quanto o governador RC está encantado e embevecido por essa ideologia da eficiência, numa conversão às teses neoliberais que poucos acreditavam que ocorreria e em tão pouco tempo. Em tempos de crise do neoliberalismo, RC dá vivas à privatização. “Ô homem démodé!”, diria a primeira-dama (Flávio Lúcio Vieira, em ‘Ricardo démodé’, no pontocriticopb.com.br).
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É muito provável que RC privatize várias funções do Estado, dentro do novo conceito criado pelos espertalhões do capitalismo selvagem, que chamam agora o serviço público essencial de ‘serviço público não estatal’, um nicho para colocar a mão no patrimônio e dinheiro públicos. O que será demonstrado com provas é de estarrecer. Talvez seja o caso de se perguntar: “É possível RC ficar ainda pior do que já foi?” (Gilvan Freire, em ‘A falência do caráter público da administração’, no Wscom).