Após a suspensão da sessão no plenário do Senado, anunciada por volta das 12h05 pelo presidente Eunício Oliveira (PMDB-CE), parlamentares começam a deixar o plenário, que está com a maioria das luzes apagadas neste momento. A maioria dos parlamentares que deixou o local é da base governista.
Seguranças do Senado também começam a pedir que jornalistas desocupem a área reservada à imprensa no plenário. Em meio às luzes apagadas, pessoas que ocupavam as galerias do Senado precisam usar a luz de telefones celulares para deixar o local.
O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), deixou o plenário da Casa, declarando que a sessão para votação da reforma trabalhista será retomada “quando a ditadura deixar”. Inicialmente, Eunício proibiu o acesso da imprensa e de assessores parlamentares ao plenário e determinou o apagar das luzes e o corte do som dos microfones.
Questionado por jornalistas sobre a proibição da entrada da imprensa, Eunício respondeu que “a sessão estava encerrada e as luzes apagadas”, mantendo o seu posicionamento. Alguns minutos depois, no entanto, a assessoria de imprensa da presidência da Casa autorizou a entrada de jornalistas.
O protesto da oposição para tentar obstruir a votação da reforma trabalhista no plenário do Senado é liderado por um grupo de cinco senadoras, que ocupam a mesa diretora: Fátima Bezerra (PT-RN), Gleisi Hoffmann (PT-PR), Vanessa Graziotin (PCdoB-AM), Regina Sousa (PT-PI) e Lídice da Mata (PSB-BA).
O grupo de senadoras continua na mesa mesmo após o presidente Eunício Oliveira ter anunciado, em pé e puxando o microfone que era usado por Fátima Bezerra, o fim da sessão.
Fonte: Estadão