'Estatuto da família é mais um retrocesso da Câmara', dispara Erundina após aprovação de projeto em comissão

Paraibana sai em defesa da diversidade e critica Estatuto da família

Plenário  Dep. Luiz Erundina foto Luiz Alves - SEFOT-CD Data 17-08-2010
Plenário
Dep. Luiz Erundina
foto Luiz Alves – SEFOT-CD
Data 17-08-2010

Após aprovação do Estatuto da Família por Comissão Especial no Congresso nacional, a paraibana Luiza Erundina se posicionou sobre o assunto, que considera um retrocesso da Câmara dos Deputados.

Para a parlamantar, o Poder Legislativo está voltando no tempo, uma vez, cita ela, que o Supremo Tribunal Federal já reconheceu formalmente a união entre casais homoafetivos, desde 2011.

Erundina usou sua página no facebook para expor sua opinião sobre o caso e reclamou da forma conservadora como o assunto está sendo tratado.

Leia o texto na íntegra:

Mais um retrocesso na Câmara dos Deputados. Mesmo judicialmente o casamento entre pessoas do mesmo sexo é aceito. A união homoafetiva é reconhecida pela Constituição, como reconheceu o Supremo Tribunal Federal (STF) em 2011. Entre os argumentos, o direito à intimidade e à privacidade, o pluralismo como elemento formador da sociedade brasileira, a liberdade de amar e demonstrar afeto.

As instituições devem agir buscando maior igualdade, e não reduzindo direitos, excluindo parcela significativa da sociedade e alimentando a intolerância. A decisão institucionaliza o preconceito. Casais homossexuais e outras configurações familiares são desconsideradas pelos deputados, ainda que existam da mesma forma que as entre homens e mulheres.

“Em reunião tumultuada, a comissão que discute o projeto que cria o Estatuto da Família aprovou nesta quinta-feira (24) o texto que define família como união entre homem e mulher. A comissão aprovou o relatório por 17 votos favoráveis e 5 contrários, mas quatro destaques ao texto ainda precisam ser aprovados.” “O texto dispõe sobre os direitos da família e as diretrizes das políticas públicas voltadas para atender a entidade familiar em áreas como saúde, segurança e educação.”

“O primeiro vice-presidente da comissão que debate o Estatuto da Família é o deputado Marco Feliciano (PSC-SP), conhecido por seu conservadorismo e por defender a “cura gay”. Ele chegou a presidir a reunião desta quinta. O presidente da comissão é o deputado Sóstenes Cavalcante (PSD/RJ).
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