Gutemberg Cardoso
Cidades como Nova Iorque e São Paulo são conhecidas por sua violência, como metrópoles gigantes, os índices são assustadores, pelo menos é isso que temos em mente pelas notícias que acompanhamos todo o tempo. No entanto, ontem à noite, ouvindo as estatísticas da violência, fiquei surpreso com alguns números. Segundo o levantamento, Nova Iorque tem 2,6 assassinatos para cada 100 mil habitantes, São Paulo teve no ano passado, 12,9 para 100 mil pessoas. Em São Paulo, eles esperam, este ano, reduzir para 10 ou 11 para cada 100 mil habitantes.
A nossa realidade é que o Nordeste está chamando a atenção do País e até do mundo para o fenômeno presente, a violência se estabeleceu nas capitais e no Nordeste. Enquanto Nova Iorque tem 2,6 e São Paulo pode ficar com 11 este ano, cidades como João Pessoa , Maceió, Recife e Fortaleza, os índices ficam entre 60 e vão até 75 pessoas assassinadas para cada 100 mil habitantes.
Por que esta constatação tão cruel e por que João Pessoa está no ranking das dez cidades do mundo onde mais se matam pessoas? A Paraíba está entre os quatro estados mais violentos do País. Especialistas brasileiros e estrangeiros apontam que os governos, e não só os atuais, não estão preparados para onda de crimes, não estão preparados para este fenômeno, os investimentos não são planejados. Tem-se alguns exemplos de êxito no combate à violência, mas, no geral, nós estamos em uma situação muito grave.
E as vítimas? Pobres, negros e jovens compõe a grande legião de vítimas desta violência. Tem um horizonte de redução para chegar à números toleráveis de 15 ou 12 para cada 100 mil habitantes? A resposta é não. Não há luz no fim do túnel porque não tem planejamento, não se tem políticas de segurança pública.
Vamos amargar esses números ‘por anos a fio’, a menos que, nós que compomos a sociedade, cobremos cada vez mais dos governantes mudanças, prioridades. Cabe também culpa do Governo Federal. Afinal de contas, o Nordeste é um país dentro de outro país e não está recebendo do Governo Federal uma atenção especial, o chamamento para combatermos esta chaga dos dias atuais que é a violência.
O que eu posso dizer é que tenha cuidado, cada um busque se resguardar porque pelas políticas públicas atuais, nós estamos entregues.