A história do estagiário que foi demitido por postar fotos no local de trabalho com legendas de contra “feministas e aborteiras” ganhou um novo capítulo nesta quinta-feira. O paranaense Gabriel Vaz foi contratado pela empresa de móveis Alezzia.
Em uma publicação no Facebook, a marca diz que a punição recebida pelo estagiário foi “desproporcional, até porque não havia nenhum tipo de referência” à Cantareira Construtora e Imobiliária.
A nova contratação do estagiário gerou revolta e a Alezzia virou alvo de críticas. “Empresa que não se importa com o comportamento social e político do seu quadro de trabalhadores… A contratação de um machista só implica no perfil da empresa como propagadora de todo esse discurso de ódio e opressão!”, escreveram um internautas no post da marca.
No fim do ano passado, a Alezzia causou revolta na internet com publicações de mulheres de biquíni, maiô ou até mesmo nuas anunciando os produtos. A postura da empresa foi condenada pelos seguidores, que acusaram a Alezzia de adotar uma estratégia de objetificação da mulher.
Estagiário pediu desculpas no Facebook
Depois de perder o estágio por conta de um post machista, um estudante de engenharia civil voltou às redes sociais para se desculpar. Segundo texto publicado em seu perfil no Facebook nesta quarta-feira, tudo não passou de uma “brincadeira”. De acordo com o ex-estagiário, “as coisas saíram do controle”.
Apesar do texto de desculpas, o post em questão não foi o primeiro com teor polêmico. No perfil do rapaz na rede social, é possível encontrar publicações homofóbicas, que ironizam feministas e atacam as questões de gênero.
O rapaz também usou o Facebook para agradacer as mensagens de apoio e se mostrou preocupado com o que chamou de “mídia negativa”:
“Quero agradecer pelas milhares de mensagens apoiando, vocês são demais, não consigo responder todos nem ver todas as coisas que me marcam, agradeço as páginas que estão acompanhando, grandes nomes como o do Nando Moura, Terça Livre, ALLEZZIA.. e mídias independentes que aderiram a essa causa, por ora não vejo necessidade de dar entrevistas para RECORD.. entre outras que estão solicitando, pois foi só uma piada mal entendida, não quero continuar com essa mídia negativa, pelo menos ate ver como vai se desenrolar, o apoio de vcs é importante sobretudo essa situação perdurar ou agravar. A defesa da verdade continuará!”
Empresa pode processar estagiário
Cantareira Construtora e Imobiliária, do Maringá, no Paraná, onde o estudante estagiava, informou ao EXTRA que vai decidir, na tarde desta quinta-feira, se vai acionar a Justiça contra o rapaz. Ele causou polêmica após usar as dependências da empresa como cenário de fotos com legendas minimamente controversas, desafiando “feministas e aborteiras”. Depois de ser mandado embora, ele ainda teria feito novas publicações em que acusa a companhia de ser “caloteira”.
Fonte: EXTRA