O analista político Lúcio Flávio Vasconcelos disse na tarde desta quarta-feira, 23, que a avaliação positiva da gestão estadual se deve a forma como os paraibanos veem as ações do governo, “houve um bombardeamento das ações do governo na mídia e a imagem que foi passada foi de que tudo é extremamente bem resolvida e isso faz com que as pessoas acreditem que está tudo muito bem, em compensação o trato e a forma de ação pessoal do governador não foi bem vista, talvez por ele não ter estabelecido alianças com os aliados e com adversários; a avaliação pessoal é negativa, apesar da boa imagem que o governo tem hoje”, explicou.
Em entrevista a Rádio sanhauá AM, o professor disse que a campanha deste ano na Paraíba tem alguns pontos que merecem destaque, “10% dos eleitores em todo o Brasil votam em quem vai ganhar e são levados pelos resultados das pesquisas, o eleitor não vê a terceira via, ele vê quem é situação e quem é oposição e o candidato da terceira via fica meio esquecido”, disse.
No cenário que se apresenta na Paraíba, Lúcio Flávio disse que o governador entrou em uma rota de perigo e comparou a situação do atual gestor com o que aconteceu com José Maranhão na campanha de 2010. Para ele, o peemedebista tentou a reeleição e não conseguiu porque perdeu as eleições para o socialista Ricardo Coutinho, mas voltou à disputa em 2012 pela Prefeitura de João Pessoa, “a situação é a mesma porque o atual governador poderá disputar a Prefeitura da capital se não vencer as eleições deste ano”.
“Aquilo que pensava que a estratégia de Ricardo Coutinho com Luciano Cartaxo não convence nem os membros locais nem a nacional porque 80% dos votos que o candidato a presidente Eduardo campos tem hoje foram da presidente Dilma”, disse o professor.
Ele disse que teremos uma situação inédita “que é o candidato de um partido apoiar outro mesmo sabendo que este candidato apoia outra candidatura nacional”.
Sobre a possibilidade de segundo turno na Paraíba, o especialista disse que sim, que houve dois turnos nas últimas eleições e afirmou que há sinais de que haverá polarização de dois candidatos no primeiro turno para que a decisão saia em uma segunda votação.
Polêmica Paraíba