Paulo Santos

O deputado estadual Trócolli Júnior (PMDB) – que insiste em ver o Governo Federal investindo na dragagem do canal do porto de Cabedelo – e todos aqueles que vão tentar reverter a decisão de Dilma Roussef quanto aos royalties do pré-sal estão, como se diz no popular, “enxugando gelo”.

O Governo Federal está se lixando para Estados pobres como a Paraíba, o Piauí, Alagoas ou Acre, entre outros. O “pessoal” destas localidades, como definiu a ministra Belchior, não existe para a Esplanada dos Ministérios. O que existe, para o time da Presidenta é São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e, mal e porcamente, pode-se incluir a Bahia e Pernambuco nesse seleto grupo.

A Paraíba, para Dilma e seus miquinhos amestrados, sequer consta do mapa geopolítico. Imagine se existiria no mapa do pré-sal. O nosso Estado está fora do mapa geográfico, também, porque não há a menor possibilidade de se investir num porto como o de Cabedelo tendo Suape bem ali, a poucos quilômetros.

Não se sabe, ao certo, o trauma da Presidenta para que não reconheça a existência da “pequenina e heroica”. Quando só Lula a tinha como seu nome preferido para a sucessão presidencial veio à Paraíba acompanhando o então Presidente. Candiata, não se deu ao luxo de vir ao Estado. Eleita, naõ topou vir à Paraíba nem quando veio “fiscalizar” a transposição de águas do São Francisco.

Qual o compromisso que Dilma, ilustre representante do que há de mais comprometido com o grande capital nacional e internacional dentro do PT, teria com um Estado nas condições da Paraíba que só esporadicamente consegue apresentar um ou outro índice positivo nos levantamentos sociais e econômicos? A resposta é óbvia: nenhum.

Quem acompanha detidamente o Governo Dilma percebe que, em relação á pobreza, ela só abre espaços para transformar os mais infelizes em massa de manobra, ampliando as “bolsas-miséria” herdadas de Lula. Agora mesmo aumentou o teto de idade para que os pobres sejam alistados na lista da fome do ‘Brasil Carinhoso”, nome dado pelo marketing a uma nova modalidade do “Bolsa Família”.

Não se espere um centavo para o porto de Cabedelo nem trator para cavar túneis longos ou curtos da transposição. Se depender do Governo Dilma continuaremos lambendo nossas feridas e tentando curá-las com nossa própria saliva. Não fomos sorteados, mas condenados a suportar essa elite petista corrupta e insensível fazendo negócios e se locupletando da omissão dos políticos e da inércia da população.

EVA NÃO VAI
Quem acompanha o dia a dia da política de Campina Grande acredita que, caso seja convidada para assumir uma secretaria na equipe do futuro prefeito Romero Rodrigues, a deputada Eva Gouveia vai gastar todos os chavões – “fico orgulhosa de ser lembrada”, etc. – mas vai declinar da convocação.

PROPOSTA DE MARCOS
É incompreensível que a diretoria da Cagepa, que se diz encurralada com tantas dívidas, sequer cogite discutir a proposta do advogado Marcos Pires de “vender” às agências de investimento o montante que lhe devem. É melhor perder um pouco agora do que perder tudo daqui a algum tempo. Algo que a Cagepa tinha tão importante quanto a água que produz – a credibilidade – há muito foi para o beleléu.

A PROPÓSITO…
A propósito de Marcos Pires: Agnaldo Almeida e José Euflávio já compraram ternos novos para a festa de aniversário do badalado advogado, no dia 7 de dezembro. Vai ser um café da manhã. Depois vamos todos para Pasárgada.