O prefeito de Guanambi, cidade do sudoeste baiano, concedeu entrevista, na manhã desta terça-feira (3/1), ao Portal de notícias Aratu Online e disse que o decreto instituído por ele, na última segunda-feira (2/1), foi mal interpretado. Jairo Magalhães (PSB) garantiu que defende o Estado Laico e é contra qualquer tipo de intolerância religiosa.
No documento, publicado no Diário Oficial do Município, o prefeito, no entanto, declara que a cidade pertence a Deus e cancelou, “em nome de Jesus, todos os pactos realizados com qualquer outro Deus ou entidades espirituais”.
Veja trechos da entrevista concedida pelo prefeito:
Aratu Online – Qual foi a motivação da instituição deste decreto?
JM – Se trata, apenas, de a gente querer o bem para a cidade. O problema é que está sendo tudo desvirtuado.
AO – Então para o senhor, o que não tem relação com o cristianismo está ligado ao mal?
JM – O decreto não tem nenhuma relação com pessoas ou religiosidade
AO – O senhor fala em forças espirituais do mal e diz que vai cancelar, em nome de Jesus, todos os pactos realizados com outro Deus. Isso não é religiosidade?
JM – Não. Estou me referindo a todas as pessoas que não são bem intencionadas.
AO – Pode citar exemplos dessas manifestações?
JM – Estou falando de atos como corrupção, violência, desrespeito com as crianças e tudo aquilo que não é bom para a cidade.
AO – O senhor é a favor do Estado Laico?
JM – Sim e não aceito qualquer tipo de intolerância religiosa. Eu valorizo as pessoas pelo que elas praticam e não pela religião.
AO – Na sua gestão, os templos religiosos que não seguem ao cristianismo sofrerá algum tipo de discriminação?
JM – De forma alguma, inclusive, já fomos procurados por membros de um terreiro de candomblé, que teve o muro da cassa derrubada pela prefeitura, na gestão anterior. Vamos ver qual foi o motivo dessa atitude e solucionar de forma adequada.
Créditos: Aratu Online