Entre o direito e o dever

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Marcos Tavares

Desde fevereiro que funcionários e professores da UEPB decidiram paralisar suas atividades e entrar numa greve que já dura 4 meses. Nada contra o direito de greve, ele é uma arma sagrada do trabalhador e uma maneira de fazer pressão para conseguir objetivos trabalhistas. Tudo contra a falta de senso do dever que move esses professores e funcionários, tão envolvidos nas suas pretensões financeiras que nem avaliam o mal que fazem a milhares de estudantes que lutam para chegar a um curso de nível superior na esperança de mudar a vida.

Mesmo considerada ilegal pela Justiça, a greve não dá mostras de abrandamento mostrando uma radicalização que não é própria nem salutar a quem negocia. Quando duas partes conversam, ambas têm de ceder para que se chegue a um denominador comum. Fazer birra, fincar o pé e ignorar uma decisão com peso judicial mostra que a greve tem mais do que sentido reivindicatório. Ela tem viés político e tenta por todos os meios desestabilizar a liderança da universidade e por extensão o Governo do Estado.

Na pauta, como foi acontecer, dezenas de reivindicações entre as quais a salarial. Mas resolvida a salarial todas as outras são varridas para debaixo do tapete numa mostra de que a greve é realmente por dinheiro, não por melhores condições de trabalho e mais vantagens para os alunos. Isso consta da pauta apenas para dar um tom de mais dignidade ao movimento, como sempre acontece, mas na realidade nunca é levado a sério nem por quem pede nem por quem dá, pois é na carteira de cédulas que reside o direito.

Todos

O deputado Ruy Carneiro, falando sobre a convenção dos tucanos, afirma que todos terão de aceitar a decisão da maioria. Até aí nada de novo, pois é assim que funciona a democracia no mundo.

O problema é saber o que é maioria. É quem tem mais delegados ou quem tem mais votos? É quem tem mais aliados ou quem tem o poder de decidir uma eleição?

Assim, acho que quando ele disse todos, quis dizer Cássio Cunha Lima inegavelmente a maior liderança do partido hoje e que fará pender a balança para o lado que ele se inclinar.

Plural

Veneziano, devagar vai aprendendo as artimanhas da política e arte de misturar palavras. Ele diz que é extremamente salutar a pluralidade de nomes disputando a vaga de governo pela oposição.

Mas fez questão de ressaltar que essa pluralidade não deve atingir suas pretensões e que ele continua candidato.

Em suma, Vené quer mais gente tirando votos do governo para tornar sua eleição mais provável e menos difícil.

Biologia

José Maranhão envereda pelo campo da biologia.Chamou o seu ex-aliado Wilson Santiago de “micróbio da dissecação”. E micróbio disseca?

Conquista

Num exemplo de superação e trabalho, Neno Rabello leva sua revista ‘A Semana’ aos 14 anos de vida.
Uma façanha num mercado midiático tão apertado como o nosso.

Saída

Mais um que arruma as malas para deixar o PMDB da família de Maranhão.

João Gonçalves deve ser o próximo a desembarcar. Quem sair por último apague a luz…

Projeto

Acertadamente, o governo deu um prazo de 3 anos para que proprietários de terrenos no Polo Turístico apresentem um projeto de ocupação da área.

Atualmente eles apenas especulam e esperam os preços subir.

Violência

Antes assaltavam bancos em remotas cidades do interior. Agora, animados pela inação da polícia, bandidos chegam a João Pessoa e Campina Grande para explodirem caixas.

Nome

Mais um nome na corrida sucessória para o governo.

O ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, é lembrado para o Estado.

Frases…

Vero – Você não precisa deixar de acreditar numa coisa apenas porque ela é mentira.

Brilho – Bons tempos em que representante de drogas não era o dono da boca de fumo.

Subserviência – As vértebras servem para que o homem fique de pé. Ou se curve.