O Uber em João Pessoa foi tema de debate na noite desta segunda-feira, 17, no programa Master News, da TV Master. O superintendente de Mobilidade de João Pessoa, Carlos Batinga; o vereador Lucas de Brito Pereira (PHS); o presidente da Associação de Motoristas Individuais da Paraíba, Paulo Queiroz; e o presidente do Sindicato dos Taxistas da Paraíba, Adauto Braz debateram sonre o assunto.
Para Batinga, a legislação federal diz que as Câmaras Municipais devem cuidar da legalidade de circulação de veiculos prestando o serviço de carona coletiva. “O assunto voltará a ser debatido na Câmara, é o foro capacitado para discutir a relação, não será resolvido no âmbito da Semob, estamos apenas cumprindo a lei”, disse.
Lucas afirma que a discussão da matéria vai acontecer na Câmara de João Pessoa. Ele afirmou que, em 2015, o aplicativo foi proibido por lei votada por 25 vereadores, “agora, em 2016, queremos revogar a lei proibitiva, através de voto, a lei proibitiva é incostitucionalporque restringe a livre iniciativa e a livre concorrência, que são principios elencados na Constituição Federal”, defendeu.
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O vereador seguiu dizendo que a justiça tem cuidado de questões pontuais, como o caso de um motorista do Uber conseguiu na justiça o direito de não ser multado pela Semob, ele afirmou que há uma ação coletiva que prevê a liberação do serviço.
O presidente do Sindicato dos Taxistas, Adauto Braz, disse acreditar que há vereadores que são contra o aplicativo e usou como exemplo o número de parlamentares que votou no ano passado. “Cada categoria vai buscar seus direitos quando sente-se ofendido, imagine se não fosse mais necessário fazer o exame da OAB em nome do livre mercado, imagine os restaurantes sem uma regulamentação”, disse. Ele reclamou da forma como o trabalho é feito e afirmou que os próprios motoristas do Uber naõ conseguem manter os carros com os valores que são praticados.
Já o representante do Uber, Paulo Queiroz, disse que uma pesquisa realizada entre os usuários do serviço em João Pessoa e o aior foco foi o preço, logo depois veio a qualidade do serviço. “O modelo do Uber nos permite fazer corridas mais dinâmicas, trabalhamos com quantidade com boa prestação de serviço e isso dá certo, temos que nos atualizar, precisamos estar antenados com a tecnologia”, argumentou.
Batinga disse que “nenhuma cidade conseguiu resolver os problemas de mobilidade investindo em transporte individual, tem que se investir em transporte coletivo, esse é o caminho no mundo inteiro”.
Lucas diz que as pessoas que dependem, hoje, de transporte coletivo, chegam a esperar pelo ônibus por uma hora e “quem não tem condições de comprar um carro, depende ônibus e não tem como pagar táxi sempre, tem uma nova opção com o Uber”, pontuou.
Batinga justificou que as concessões para empresas de ônibus tem um longo prazo porque as empresas precisam ter o retorno do investimento e, “quanto mais curto o periodo de concessão, mais caro seria o preço das passagens, não existe almoço ou jantar de graça”, finalizou.
Paulo finalizou dizendo que o Uber ganha mercado à medida que o serviço de táxi foi deixando de satisfazer as pessoas, “tanto em relação aos preços, quanto em tratamento”.
Créditos: Ívyna Souto – Polêmica Paraíba
