Infeliz coincidência

Enfermeira que ajudou vítimas de massacre na Crimeia tenta se matar ao descobrir que atirador era seu filho

Uma enfermeira que atendeu as vítimas do massacre em um centro de ensino profissionalizante em Kerch, na Crimeia, na última quarta-feira, tentou se matar ...

Uma enfermeira que atendeu as vítimas do massacre em um centro de ensino profissionalizante em Kerch, na Crimeia, na última quarta-feira, tentou se matar após descobrir que o autor da chacina era seu filho, segundo o jornal britânico “Daily Mail”.

Vladislav Roslyakov, de 18 anos, entrou na escola armado e começou a disparar, matando 20 pessoas e ferindo dezenas. Seu corpo foi posteriormente encontrado na biblioteca, com indícios de suicídio. Uma bomba também teria sido detonada no local, de acordo com alguns relatos.

Roslyakov era aluno do segundo ano da instituição. Sua mãe, Galina Roslyakova, trabalha como enfermeira em uma clínica para pacientes com câncer, para onde algumas das vítimas do ataque foram levadas e receberam os primeiros-socorros.

De acordo com o jornal britânico, Galina tentou se suicidar quando soube que o seu filho havia sido o responsável pelo ataque.

Entrada da escola na Crimeia, local do ataque da última quarta-feira

Segundo o jornal Kommersant, o jovem “cresceu em uma família muito pobre”. “Seu pai, deficiente físico, não vivia com sua mãe”, afirma a publicação.

O ataque remete a casos semelhantes nos EUA, como o da escola Columbine, em 1999, e o da universidade Virginia Tech, em 2007. Segundo o “Guardian”, estes ataques são raros na Rússia, em parte devido à dificuldade de acesso a fuzis, revólveres e pistolas.

O caso em Kerch vem sendo chamado pela imprensa de “Columbine russo”. Rússia anexou a Crimeia, separando-a da Ucrânia, em 2014, o que motivou condenações e sanções no exterior.

 

 

Fonte: Extra
Créditos: Extra