O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), abriu neste sábado (21), em Maceió, os encontros regionais que o PSDB fará pelo país até o final do ano.Aécio destacou que o partido tem a responsabilidade de apresentar aos brasileiros um novo projeto para o país.Durante os encontros regionais, o partido quer debater os problemas enfrentados nos municípios e estados e formular propostas para a construção de uma agenda a ser apresentada aos brasileiros nas eleições estaduais e nacionais ano que vem.
“É obrigação do PSDB ter um projeto novo de Brasil. Um projeto que passe pela refundação da Federação, com o resgate dos municípios e dos estados, por uma generosidade maior do governo federal no financiamento da saúde, da segurança, pela eficiência na busca dos investimentos para a região. Temos uma responsabilidade enorme com o Brasil. Queremos que o Brasil dê um salto de qualidade. Não podemos aceitar que o Brasil cresça na América do Sul apenas mais que a Venezuela, como vai ocorrer esse ano. Ano passado, crescemos mais apenas que o Paraguai. Não é justo com os brasileiros. Nenhuma propaganda, por mais maciça, por mais bilionária que seja, como a propaganda oficial, vai mascarar a realidade”, afirmou Aécio, em entrevista coletiva.
O senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) avaliou que encontros como esse têm a função objetiva de permitir que o partido comece a pensar o Brasil e construir um discurso, alinhado estrategicamente.
“Mais que um novo presidente, nós teremos um presidente novo no ano que vem. Levaremos juntos o Aécio à presidência do Brasil”, afirmou o senador paraibano Cássio Cunha Lima. O senador Paraibano bastante aplaudido foi citado como o futuro governador da Paraíba no evento. Ele foi uma das estrelas do Encontro.
Entre as lideranças tucanas também participaram do encontro, o ex-governador do Ceará Tasso Jereissati, o senador Cícero Lucena da Paraíba, o deputado Federal Ruy Carneiro, senador paulista Aloísio Nunes, o governador de Alagoas Teotônio Vilela Filho, o prefeito de Teresina (PI), Firmino Filho, o prefeito de Jaboatão dos Guararapes (PE), Elias Gomes, o prefeito de Maceió Rui Palmeira, entre outros vários prefeitos, vereadores, deputados e outras lideranças do partido no Nordeste.
Acompanhado do governador de Alagoas, Teotônio Vilela Filho, do prefeito de Maceió, Rui Palmeira, e do presidente do ITV, deputado federal Sérgio Guerra, além de senadores, deputados e lideranças tucanas, Aécio ressaltou a necessidade da criação de oportunidades para os brasileiros, sobretudo os mais jovens. O presidente do partido lamentou que investimentos em qualificação e outras áreas essenciais para a população, como saúde e educação, sejam comprometidos pela dívida dos estados com a União, que o governo federal se recusa a negociar.
“Os jovens dessa região precisam ter oportunidades, precisam ser qualificados para entrar no mercado de trabalho de forma competitiva. Não é justo que o governador Teotônio Vilela tenha que assinar um cheque de R$ 50 milhões todo mês e repassar à União, porque a União não quer renegociar a dívida dos estados. Esse dinheiro tinha que ficar aqui para investimentos em saúde, saneamento, educação, em qualificação dos jovens. O governo do PT, a grande verdade é essa, vem fazendo muito mal ao país”.
Grandes obras precisam de governo eficiente – Aécio Neves afirmou que o Brasil precisa de um governo eficiente para resgatar a credibilidade do país. Ele lamentou que a população tenha que conviver com o atraso e desperdício de recursos públicos em obras como a Transnordestina, a transposição do Rio São Francisco, a Refinaria Abreu e Lima e a Fiol, todas na região Nordeste.
“A Ferrovia de integração Oeste Leste (Fiol) sem um palmo de trilho colocado. A Transnordestina, programada para estar pronta há dois anos, dos 1.700 Km não tem 300 Km prontos. A Transposição do São Francisco é de doer o coração. Obras há três anos abandonadas. Isso não é normal. Obras custando duas ou três vezes o orçamento inicial e não concluídas. Isso é maior desperdício de dinheiro público que se pode ter. Ninguém vai me convencer que é normal uma obra como a Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, ser orçada em R$ 4 bilhões, já ter gasto R$ 30 bilhões e não estar pronta. Isso é assalto aos cofres públicos. O Brasil precisa de governo eficiente para que não percamos definitivamente a nossa credibilidade”, disse.