Empreender PB: tiro certeiro no desemprego

João Manoel de Carvalho

Desde que, na condição de prefeito de João Pessoa, o Sr. Ricardo Coutinho insistiu no Empreender-JP, ele mostra concretamente que uma de suas preocupações principais, como homem público, era o desemprego e todas as suas terríveis consequências: a violência, as crianças abandonadas, enfim,  a miséria.

As preocupações sociais do então prefeito tinham realmente uma integral correlação com a realidade da Paraíba, que via, impassível, seus cidadãos transformarem a cata do lixo urbano, talvez, na principal atividade em busca da sobrevivência e da subsistência do dia a dia.

O empreendedorismo constitui uma forma de estímulo à pequena e micro empresa e tem o mérito maior de retirar milhares e milhares de desempregados da informalidade e transformá-los em atores da economia, todos pagando impostos regularmente e retirando do trabalho o sustento de suas respectivas famílias.

Ao estadualizar o Programa Empreender, é certo que o governador visa reduzir os elevados índices de desembrego predominantes na Paraíba e, assim, iniciar o combate à miséria, talvez, impressionado com o assustador processo de empobrecimento que acomete o povo paraibano, nas últimas décadas.

O governo do Sr. Ricardo Coutinho realmente enfrenta sérias dificuldades e hoje se arremetem contra ele consistentes manifestações das classes sociais envolvidas em justas lutas por melhoria salarial, como é o caso dos professores, médicos e policiais militares, com relação aos quais, o governo tem demonstrado uma certa dificuldade de entendimento.

Esses segmentos sociais quase em estado de rebeldia com relação ao Governo estadual atribuem essa dificuldade de enetendimento ao que chamam de alguns “ímpetos autoritários” da administração estadual. Mas o governo tem negado essa tendência autoritária de sua administração e replica que o entendimento não tem sido alcançado em função da radicalização excessiva dos movimentos reivindicatórios.

Premido pelas pressões sociais e por uma bem urdida campanha de alguns órgãos de comunicação social, o governador Ricardo Coutinho teria decidido optar por uma agenda positiva do seu governo e teria encontrado no lançamento do Programa Empreender, estendendo-o ao resto do Estado, o porto seguro para dar à sua administração um pouco mais de tranquilidade e, ao mesmo tempo, tentar, à base dese programa, conquistar setores mais amplos da opinião pública paraibana.

A importância do empreendedorismo pode ser medida pela circunstância de que o empreendedor paraibano, ao abrir seu negócio não o faz porque, simplesmente, porque teve uma ideia inovadora, mas exatamente pela circunstância de que precisa sobreviver.
O empreendedorismo, que o governador está estimulando, neste momento e ampliando o seu raio de ação por todo o Estado, torna-se, assim, uma questão de sobrevivência para os setores excluídos da sociedade paraibana e uma ação de irrecusável importância social.

E o lançamento desse programa para os demais municípios paraibanos constituiu-se, sem dúvida, num tiro certeiro contra o desemprego e para conter o assustador processo de empobrecimento do povo paraibano.

Miséria

Ainda com relação ao empreendedorismo, o grande e maior mérito dessa iniciativa é a sua correlação direta com o combate à miséria. E a própria Presidente Dilma Rousseff tem reiteradamente expressado a necessidade e a urgência de apoiar a pequena e a micro empresa. Nesse mister, vê-se que a Paraíba está antenada com os desígnios nacionais de luta para extirpar a miséria dos horizontes brasileiros, que ainda é, infelizmente, o maior problema da nação.

Concentração

O ingresso do capital estrangeiro no setor de produção de álcool e açucar do Brasil está aumentando a concentração de grandes vastidões de terras nas mãos de grandes grupos e ameaçando centenas de milhares de trabalhadores que ainda vivem do plantio da cana de açúcar no país. A advertência é do presidente da Orplana (Organização de Plantadores de Cana da Região Centro Sul do Brasil), Ismael Perina Júnior.
Frase

“Como falar em democracia, no Brasil, se as redes de televisão  e os meios de comunicação de um modo geral, estão concentrados nas mãos de umas poucas e privilegiadas famílias?”

(José Arbex Filho, jornalista e pensador político)