O presbítero e teólogo Flávio Macedo Pinheiro, da IPB (Igreja Presbiteriana do Brasil), foi afastado do cargo após ser acusado de criticar o presidente Jair Bolsonaro (PL) e ter “posições esquerdistas”.
De acordo com o Estadão, o reverendo Ageu Magalhães, um dos líderes da IPB, já havia alertado o presbítero no dia 12 de dezembro de 2019, dizendo que ele deveria mudar o seu pensamento ou renunciar o cargo.
“Ou você muda teu pensamento, abandonando as posições esquerdistas e todo o conteúdo marxista cultural que vem com elas, ou você deve, diante de Deus, renunciar ao Presbiterato. Esta relação está altamente incompatível”, diz a mensagem.
Segundo o jornal, o presbítero Flávio Macedo era membro da igreja em Cidade Dutra, zona sul da capital paulista, há 19 anos.
Atualmente, Pinheiro frequenta uma outra igreja também em São Paulo, na região do Butantã – mas sem nenhuma posição de liderança na instituição.
Na decisão de seu afastamento, a minuta afirma que os pastores devem orientar os fiéis a se afastarem da “nefasta influência do pensamento de esquerda”.
O presbítero também foi demitido de seu emprego no Colégio Mackenzie após vitória de Bolsonaro em 2018. O teólogo acredita que as críticas que fez ao presidente motivaram o afastamento do colégio também.
“É uma inquisição porque perseguem alguém entendendo que essa pessoa é um perigo espiritual para a igreja e é também uma perseguição política porque entendem que uma certa visão política não é aceitável para aquele grupo”, disse.
A decisão foi revertida pela última instância de julgamento da igreja por erros processuais.
Entretanto, com a aprovação de uma resolução do Supremo Concílio, a orientação pode se tornar oficial.
Segundo a reportagem, o teólogo foi taxado como comunista e marxista, afastado por defender que mulheres não devem ser consideradas inferiores aos homens, falar em direitos da comunidade LGBTQ+ e divulgar um evento do PSOL sobre o pensamento do educador Paulo Freire.
Ao todo, o prébitero e teólogo Flávio Macedo Pinheiro, tem quase 20 anos atuando na Igreja Présbiteriana do Brasil.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Estadão