Em entrevista coletiva concedida à imprensa no fim da manhã desta terça-feira (03), na sede da Polícia Federal, na praia de Ponta de Campina, em Cabedelo, representantes da própria PF e do Ministério Público, através do GAECO, elencaram os principais pontos que motivaram a deflagração da Operação Xeque-Mate.
Participaram da operação cerca de 200 policiais federais. Até o fim do processo, serão cumpridos 11 mandados de prisão preventivas, 15 sequestros de imóveis e 36 de busca e apreensão expedidos pelo Tribunal de Justiça da Paraíba. Além dos mandados, a justiça decretou o afastamento cautelar do cargo de 85 servidores públicos, entre eles o prefeito e o vice-prefeito de Cabedelo, além do Presidente da Câmara Municipal.
De acordo com a PF, a investigação teve início com a delação premiada do ex-presidente da Câmara, Lucas Santino, que revelou ao Ministério Público a forma como o esquema foi desenhado e as pessoas envolvidas diretamente em todo o processo.
Outro ponto importante abordado na coletiva foi a renúncia do então prefeito eleito, Luceninha, que abdicou do cargo em favor do seu vice, Leto Viana. De acordo com as investigações iniciais, pela renúncia, Luceninha recebeu cerca de R$ 5 milhões.
A participação do empresário Roberto Santiago, proprietário dos shoppings Manaíra e Mangabeira, também foi questionada pelos jornalistas, já que mandados de busca e apreensão foram cumpridas em sua casa no bairro do Bessa. Segundo o MP, Santiago é alvo de investigação em duas denúncias: o financiamento da compra do mandato de Luceninha e a compra de vereadores para votarem contra a construção do Pátio Shopping, no bairro de Intermares, há alguns anos.
Fonte: Leandro Borba
Créditos: Polêmica Paraíba