Nos próximos dias, a Justiça solicitará a extradição do casal Braiscompany, Antônio Neto Ais e Fabrícia Ais, para o Brasil. Ontem (29), eles foram detidos na Argentina. O pedido será emitido pela 4ª Vara da Justiça Federal de Campina Grande e o processo de extradição pode levar até três meses. A informação foi confirmada pelo delegado da Polícia Federal, Guilherme Torres, durante uma coletiva de imprensa.
Conforme informado pelo delegado, a Justiça Federal solicitou a extradição para o órgão central em Brasília, que é o Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI). A partir daí, o pedido segue para a Justiça da Argentina, que deve seguir um procedimento legal para decidir se autoriza a transferência do casal para o Brasil. É possível que o casal acabe sendo transferido para a Paraíba, onde mantinha a sede da empresa.
“Já houve um caso de extradição, o do Vitor Hugo, que demorou cerca de três meses. Portanto, com base nesse caso, estamos trabalhando com prazos semelhantes”, afirmou o delegado.
PRESOS NA ARGENTINA
Antônio Neto Ais, foi preso na Argentina, Informação apurada com familiares dão conta da captura do fugitivo na porta de um condomínio onde ele, a esposa e os filhos estariam morando.
A esposa de Antônio Neto foi detida em seguida. Antônio Neto Ais estava foragido desde fevereiro de 2023, após a deflagração da Operação Halving.
O advogado Artêmio Picanço, ue denunciou às autoridades brasileiras o paradeiro de Antônio Neto, também confirmou a prisão do empresário através de suas redes socias.
No início de fevereiro, Ais foi condenado pela Justiça Federal a 88 anos e sete meses de prisão. Entre os crimes citados na sentença do juiz da 4ª Vara Federal em Campina Grande Vinícius Costa Vidor, estão operar instituição financeira sem autorização, gestão fraudulenta, apropriação e lavagem de capitais.
TENTOU FULGA ANTES DA PRISÃO
O empresário Antônio Neto Ais, dono da BraisCompany, tentou fugir durante a interceptação da Interpol no condomínio Haras Santa María onde morava, nesta quinta-feira (29), onde foi preso.
Segundo as autoridades argentinas, porém, com as algemas nos pulsos o paraibano confirmou às autoridades portenhas que era o criminoso que procuravam.
A Interpol rastreou compras de Antônio Neto Ais, após detectar a identidade falsa de João Felipe Costa que o empresário estava usando para chegar até seu paradeiro. Além disso, a polícia internacional usou um drone para identificar o carro que ele e Fabrícia Farias estavam usando no país vizinho.
A Interpol então preparou uma ação nesta quinta-feira, e duas brigadas da Polícia Federal argentina o aguardavam e bloquearam sua passagem.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba