A confusão acerca da eleição para a presidência da Federação Paraibana de Futebol continua e as acusações entre os candidatos esquentam a disputa. Um dos concorrentes, Amadeu Rodrigues, acusou os adversários de defenderem cores partidárias e procurou a justiça para denunciar irregularidades nas eleições da entidade.
Ele acusou Coriolano Coutinho de falsificar assinaturas, “tenho Boletim de ocorrência e provas de que houve falsificação de assinaturas para registro de chapa, na listagem estava o Cruzeiro de Itaporanga apoiando outra candidatura, quando o dirigente é o meu vice, Nosman, eu tenho o apoio de Rosilene Gomes e o Jangadeiro, que tem como dirigente o filho dela, Sandro, nos apoia, mas tem uma assinatura na lista da outra chapa, uma assinatura que não bate”, explicou.
Ele disse que há 62 clubes e ligas aptos a votar, mas alguns têm direito a mais de um voto porque há equipes amadora e profissional.
A assessoria jurídica de Amadeu Rodrigues disse que houve três registros de dirigentes de clubes acusando Coutinho de falsificar assinaturas, além do Jangadeiro e do Cruzeiro de Itaporanga, o dirigente do Maguary também nega apoio ao irmão do governador Ricardo Coutinho e já registrou Boletim de Ocorrência.
Há reclamações ainda de que há oito assinaturas duplicadas de dirigentes de clubes, os administradores teriam assinado listas de apoios a dois candidatos. Além disso, Amadeu reclama ainda da participação dos interventores João Máximo e Ariano Wanderley, que compõem a Junta Administrativa e disputam as eleições para nova diretoria.
Apoio de Rosilene
“A minha história no futebol é dentro de clubes, sou administrador, a minha chapa é branca, não tem cor, as outras chapas, praticamente todas tem uma bandeira e isso é público”, afirmou.
Ele disse que resolveu ser candidato e procurou a ex-presidente da entidade, Rosilene Gomes, pedindo-lhe apoio e ela tem ajudado.
Amadeu afirmou que o apoio de Rosilene ajuda muito e destacou que após dez meses de afastamento da ex-gestora, não houve comprovação de irregularidades, “ninguém nunca provou nada, ela nunca foi citada, não tem nada contra ela, essa junta está aí acabando com o futebol porque está tudo praticamente parado”, complementou.
“A doutora Rosilene Gomes assumiu a Federação em 1989 e quase todos os clubes paraibanos foram campeões paraibanos nesses anos todos, não pode ser torcedor, tem que ser desportista”, defendeu.
Entre as metas citadas por Amadeu, estão a democratização do futebol paraibano para trazer os torcedores de volta aos estádios, inclusive em disputas de clubes amadores, e rechaçou a possibilidade de criar uma terceira divisão no futebol paraibano.
Questionado sobre o trabalho desenvolvido pela entidade na Paraíba, Amadeu Rodrigues disse que a Federação vai apoiar mais o futebol amador, sobretudo com o apoio aos atletas dos times amadores.
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