Eleições de 2014: sonho impossível

POR JOSIVAL PEREIRA

Eleições de 2014: sonho impossível

Qual a eleição ideal? Que tipo de eleições o cidadão gostaria de ver realizadas no Brasil? Essas, certamente, são perguntas que de algum modo povoa a cabeça dos brasileiros, sobretudo, em função da corrupção eleitoral, das promessas não cumpridas e da safadeza que de todas as formas são praticadas em períodos de campanhas políticas.
Tentando buscar respostas para essas mazelas do sistema democrático brasileiro, a Organização Não Governamental Contas Abertas e a CBN (rede de rádios) vão promover, na próxima semana (dia 14), em Brasília, um seminário para discutir o tema “A eleição que nós queremos”.

A abertura do evento será feita pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Marco Aurélio Mello (STF), que, numa entrevista na manhã desta quarta-feira, ao seu estilo meio pavão, já antecipou os eixos de sua palestra.
Apesar do estilo, o ministro Marco Aurélio Mello deu uma declaração para ficar martelando na cabeça de todo cidadão preocupado com o país e a terra em que nasceu ou vive. A eleição ideal, segundo a ótica do ministro, teria que ter candidatos vocacionados para servir e não se servir do poder público e com fichas imaculadas.
Esses seriam os pontos os pontos essenciais do modelo democrático ideal, mas o ministro Marco Aurélio Mello acrescenta ainda que, no sistema com a reeleição, os ocupantes de cargos executivos deveriam se afastar do poder alguns meses antes do pleito para evitar o desequilíbrio nas disputas.
Lamentável é que são ideias ou propostas que, com certeza, ilustrarão a palestra do ministro, que receberá aplausos e manchetes em alguns meios de comunicação, mas que não passarão de um sonho. Um sonho praticamente impossível. O que vai vigorar de verdade vai continuar sendo o pesadelo da corrupção.

por Josival Pereira