Prisão

Eduardo Cunha chora na cadeia e ameaça fazer 'delação do fim do mundo'

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Eduardo Cunha até o início do ano era visto como o todo poderoso da Câmara dos Deputados. Nada parecia ser capaz de derrubá-lo, mas ele caiu. Cassado, o peemedebista perdeu o cargo de deputado federal, e, consequentemente, o foro privilegiado. Não demorou muito para que ele fosse preso, graças à Operação Lava-Jato. De acordo com uma matéria do portal ‘Correio do Brasil’ publicada nesta quinta-feira, 2, o marido da jornalista Cláudia Cruz chorou na cadeia. O choro teria sido justamente durante um abraço da mulher, que o visitava acompanhada dos filhos. O encontro foi no começo da semana. Fragilizado, Cunha promete fazer o que é chamado nos bastidores de “Delação do fim do mundo”.

Essa expressão é utilizada toda vez que um político ou figura tem o poder de destruir muitas cabeças. Por todo o seu poder exercido no passado, não há quem não acredite que Cunha possa ser um grande delator. A reportagem do ‘Correio do Brasil’, por exemplo, garante que o ex-deputado federal pode entregar tudo de errado que acontecia no PMDB. As revelações viriam acompanhadas de nomes muitos conhecidos do eleitorado. O primeiro confidente seria o próprio juiz da Lava-Jato, Sérgio Moro. O magistrado de Curitiba, no Paraná, vê sua popularidade aumentar e as críticas diminuírem. Tudo porque políticos dos mais diversos partidos já foram atacados por sua operação, que a cada etapa traz mais revelações.

Cunha estaria irritado com o fato de seus ex-parceiros não o ajudarem. O site da Revista Veja, por exemplo, garante que o político já chamou dois ex-parceiros para serem suas testemunhas, ambos de grande naipe. Um é o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT). O outro Michel Temer (PMDB), atual presidente do Brasil. O último pela posição é mais incerto de falar qualquer coisa, contra ou a favor de Cunha, que fez parte durante anos de seu partido.

Acusado de receber mais se seis milhões de dólares em propina, Eduardo Cunha pode ainda ser obrigado a repatriar boa parte dessa quantia aos cofres públicos.

Créditos: Blastingnews