O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro, realizou na segunda-feira (4) uma visita à Casa Branca, em Washington, a convite de Ivanka Trump.
A ida do parlamentar à Casa Branca ocorre dias antes da posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden – e, portanto, do fim do mandato do pai de Ivanka, Donald Trump.
A chegada do democrata ao governo dos Estados Unidos preocupa assessores no Palácio do Planalto, que preveem o aumento da pressão americana contra a política ambiental e de direitos humanos de Bolsonaro, entre outros temas.
Eduardo está no período de recesso parlamentar. Ele estava acompanhado na audiência pela mulher, Heloisa, e pelo embaixador do Brasil nos EUA, Nestor Forster. O casal levou ainda a filha bebê, Geórgia, nascida em outubro do ano passado.
A passagem do parlamentar pela Casa Branca foi registrada pela GloboNews.
Com a derrota de Donald Trump em novembro, autoridades do governo Bolsonaro passaram a manifestar, reservadamente, preocupação com a proximidade de aliados do mandatário brasileiro com o líder americano.
Bolsonaro disse durante a campanha que torcia por Trump e, depois do pleito, fez eco às acusações do republicano de que as eleição tinham sido fraudadas.
A presença de Eduardo Bolsonaro num evento promovido pela filha de Trump não foi a única demonstração de proximidade com o governo americano na segunda (4).
O chanceler Ernesto Araújo respondeu a uma publicação do secretário de Estado, Mike Pompeo, e disse que “patriotas americanos e brasileiros permanecerão lado a lado”.
“Secretário Pompeo, sua visão, coragem e dedicação a ideia que valorizamos são uma verdadeira bênção”, disse Ernesto. “Nós sabemos que a liberdade está em jogo no mundo inteiro”.
Ernesto comentou uma mensagem publicada nas redes sociais de Pompeo, que classificou o diplomata brasileiro como um ministro das Relações Exteriores que ama a liberdade.
Ele foi escolhido embaixador após a tentativa fracassada de Eduardo para ser indicado para o posto, mas sua sabatina e confirmação pelo Senado ficou em compasso de espera por conta da pandemia de Covid-19.
Com a aprovação do Senado em setembro, Forster ainda dependia da aceitação das suas cartas credenciais pelo governo americano para dar oficialmente início à sua missão em Washington.
Normalmente as cartas são aceitas em cerimônia com o presidente Trump. Mas, de acordo com a embaixada do Brasil em Washington, a aceitação das credenciais de Forster ocorreu de forma remota, em razão do período de transição de poder.
Outros embaixadores estrangeiros estavam na mesma situação e a acreditação era necessária, entre outros motivos, para permitir que eles fossem convidados para os atos da posse de Biden.
Fonte: Folhapress
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