Economia brasileira tem retração de 1,4% em maio, a pior desde dezembro de 2008

fotoCom o fraco desempenho do comércio e a queda na produção industrial, a economia brasileira encolheu 1,4% em maio, segundo os cálculos do Banco Central. É o maior recuo do Índice de Atividade Econômica do Banco Central – Brasil (IBC-Br) já visto desde dezembro de 2008, quando o mundo estava mergulhado no momento mais grave da crise financeira mundial. O recuo em maio é pior do que os analistas esperavam. As contas feitas pela autoridade monetária e divulgadas nesta sexta-feira já descontam todos os efeitos sazonais de um mês para o outro.

Nos últimos 12 meses, o chamado “PIB do BC” mostra que o Brasil acumula um crescimento de 1,89%. Mesmo com o resultado adverso em maio, o número aumentou em relação ao dado do período até abril, quando a expansão da atividade econômica crescia a uma taxa de 1,63%, conta revisada pela autarquia.

A expectativa do governo é crescer algo em torno de 3% neste ano. No entanto, o Banco Central espera uma taxa de 2,7%. Está mais próxima às estimativas feitas pelos analistas do mercado financeiro, que apostam em crescimento de 2,34%.

Em abril, o crescimento de 0,84% – que surpreendeu os analistas positivamente – foi recalculado e chegou a 0,96%. No entanto, os economistas já avisavam que o mês deveria encerrar um período melhor da atividade econômica. De lá até agora, as previsões pioraram. A perspectiva é que as manifestações em junho deverão ter impacto no crescimento do país porque vários comércios foram fechados nos protestos.