E se Vené se aliar a Ricardo? Tem boas chances de entrar 2015 como vice-governador...

Por Larte Cerqueira 
Uma análise do que há por trás dos fatos e discursos políticos. Um espaço em que o olhar do repórter, a informação precisa e as versões das fontes são combustíveis para opinião e reflexão do leitor.

Se isso, se aquilo…

Essa é uma das épocas mais férteis para o aparecimento do “se”, e neste momento, o campo político onde esse termo condicional mais surge é o do pré-candidato ao governo Veneziano Vital do Rêgo. Hoje, registro alguns desses “se” que rondam as decisões dos peemedebistas e a imaginação de muita gente. Se Veneziano desistir da candidatura? Se consolidar uma aliança com o PSB? Se se aliar a Cássio? Não passo um dia sem ouvir uma dessas perguntas. E, na sequência de um “se”, tem sempre um cenário de suposições. Alguns deles, registro agora.

Se Veneziano for o candidato do PMDB ao governo, vai demonstrar força, capacidade de encarar adversidades e se fortalecer como político. Parte para batalha com peito aberto, no meio de um terreno movediço, sem garantias. Talvez não passe do primeiro turno, mas consolida seu nome como político que pode encarar as grandes forças. Sai mais robusto porque superou divergências com PT, o fogo amigo dentro do próprio PMDB e encarou o desafio planejado há alguns anos. Se ganhar, claro, consagra-se. Mas se perder? Fica sem mandado e vai ter que torcer para Dilma se reeleger. Assim, tem boas chances de ter um bom e influente cargo. Em 2016, pode disputar a prefeitura de Campina, para reaver um mandato.

E se Vené se aliar a Ricardo? Tem boas chances de entrar 2015 como vice-governador, mas perde musculatura num projeto futuro. Ganha, mas perde. Escancara a fraqueza e vira coadjuvante. Como vice de Ricardo – é o que dizem – transforma-se num fantoche e corre o risco de levar o chega pra lá de Coutinho, que já fez isso com o PMDB, em outro momento. A vantagem: depois de pouco mais três anos, Ricardo deixa o governo para se candidatar a outro cargo e Veneziano vira governador, com direito a tentar um novo mandato com a máquina na mão. Mas se isso acontecer, ele e o grupo perdem; vão ter trabalho de defenestrar o discurso de oposição ao governo atual. Como? Na política e suas conveniências tudo é possível.
Se o caminho for Cássio, também teria problemas com o discurso, afinal, os Cunha Lima já foram alvos de muitos ataques, nas brigas provinciais de Campina. Mas, também não seria difícil fazer adaptações às falas. Provavelmente, seria o candidato ao senado e com chances muito grandes de conseguir o mandato. Porém, dessa forma coloca toda sua história política no ralo. Seria difícil dar crédito a Vené em outro momento. O bom do “se” é que é possível brincar com ele. Aí estão alguns, mas outras tantos passeiam pelas ruelas e “currais” desse estado. Nessa nebulosa política , o “se” é a única certeza.