Bruno Filho
Com todo o trabalho que cerca o jornalismo, certas vezes nos escapa algumas coisas que quando descobertas causam perplexidade total, pelo menos a mim causou e por acaso. Dentro da redação, os assuntos são os mais variados possíveis e dentre o vocabulário usado em nosso país, palavras que são ditas no Sul por exemplo, não são repetidas no Nordeste e vice-versa.
Os protestos que cercam o Brasil inteiro tem como mote principal ou tiveram por alguns dias a desoneração das passagens de onibus em várias Capitais e algumas cidades do nosso interior. Os pedidos iniciais foram atendidos e quase todas elas atenderam pedidos e suplicas da população e imaginava-se que a partir de então as coisas sossegariam.
Não é verdade. O protesto é pela corrupção, aquela que assola os 8 milhões de kilometros de nosso país e que atinge a todas as classes sociais indistintamente, mas em algumas delas tem muito mais influência pelos motivos que são expostos minuto a minuto pelos meios de comunicação e pelas redes sociais. Não adianta tentar escapar da verdade. A corrupção sempre existiu, mas acompanhado de Copa do Mundo não.
A Copa das Confederações foi o primeiro estopim. A definição que parece clara ao povo é que estamos servindo “Veuve Clicquot” aos convidados e dando agua de torneira aos nossos, isso quando nas torneiras se consegue que as gotas jorrem, o que também está dificil de acontecer. Aos de fora lagosta, aos de casa os restos das migalhas.
Isso provocou uma divisão da população em castas bem definidas. Aqueles que recebem os beneficios socias não podem reagir, e nem o fariam, tem que manter o governo no mais alto patamar até com receio de ter que recuar daquilo que já conquistaram e com muito esforço. A grande casta das classes AAA, essas então não estão nem ai, pois não ocupam conduções e nem sabem exatamente o que é uma moeda de centavos.
A sofredora mesmo é aquela que investe, aquela que compra, aquela que consome os produtos, aquela que tem na sua carteira 10 cartões de crédito e que faz uma ginástica muito grande para equilibrar as datas de pagamento, no intuito de que eles não se acumulem com os mesmos vencimentos, ou melhor explicando, nas mesmas datas.
Estes estão nas ruas, ao lado de outros que não tem o que fazer infelizmente, alguns desocupados infelizmente também, vários estudantes com a cabeça politizada e que são necessários às verdadeiras mudanças estruturais, e uma enorminade de vândalos. Verdadeiros marginais que depredam e usurpam do patrimônio público e privado também.
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Imagens são imagens…são editadas…as que servem são usadas, as que não interessam são jogadas fora. Não está interessando se milhares querem a paz e dezenas querem o mal. Não deveria ser dessa maneira. Se realmente é um movimento apartidário que na verdade o é, por quê das faixas lá e cá tomando a rédea de querer ser o pai da criança ?
Se é pacífico dessa maneira, por que então a polícia ? por que dos escudos ? por que das bombas de efeito moral ? por que das balas de borracha ? não deveria ser assim, ou voce vê policiamento por exemplo nas missas dominicais, ou nos cultos semanais das Igrejas ? há policiamento no teatro ? e no cinema ? ostensivo eu nunca vi, de verdade.
Mas preciso fazer jus ao titulo que dei à coluna e o farei nesse momento. Lembro que o mote principal é a Copa do Mundo, através da Copa das Confederações e escrevi nas linhas anteriores o que penso disso, e para minha surpresa fui ao dicionário para verificar o que realmente seria esse nosso horroroso boneco que servirá de mascote da competição.
A explicação que recebemos é de que Fuleco seria a abreviação de futebol e ecologia, nada mais justo, desde que fosse separado por pontos ou hífens, como numa sigla, mas não fizeram isso…deixaram desse jeitinho mesmo e ele nasceu. Junto com a extinta caxirola, com o perdido peduah e outros tantos aparelhinhos e objetos extremamente chatos que aparecem nessas horas, sem esquecer a Cafusa, codinome da bola carnaval, futebol e samba…tem o Fuleco !
Movido pelo instinto investigativo de saber o que queria dizer na verdade , mas já desconfiado, fui ao dicionário e perplexo encontrei o resultado, que me recuso a repetir por aqui. Peço apenas aos curiosos que verifiquem, qualquer desses dicionários “on-line” encontrados na Internet e constatem, realmente muitos de voces ficarão como eu, atônitos.
Porém , uma coisa é certa: nunca algo casou tão bem com a situação que vivemos neste momento, embrenhados nas vontades e desejos dessa Associação Mundial que tem mais filiados que a própria ONU, que alugou nosso país, comprou nossos espaços, expulsou moradores de suas casas, proibiu manifestações e as escondeu, permitiu coisas que a nossas leis não permitem e muito mais.
As lentes estarão sobre ela durante os próximos 12 meses e ela continuará a “deitar e rolar” como se diz na gíria, tripudiando de nossas infelizes cabeças. Então, caros amigos, nada melhor do que termos um mascote com esse horroroso nome, e voce que está curioso vá imediatamente ao dicionário e verifique. Verá uma infeliz coincidência que não poderia ser constatada numa hora mais apropriada. Viva o Brasil !
Bruno Filho, jornalista e radialista, já não basta o que está acontecendo encontra mais essa !
