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Doação de sangue: um ato de solidariedade que pode salvar vidas

Em 2010, o analista de sistemas Thiago Gonçalo soube que uma grande amiga precisava de doação de sangue. Prontamente, foi um dos candidatos a ajudá-la. Mas, depois de preencher os requisitos necessários, veio a decepção. Teve um mal-estar e não terminou a doação. “Cheguei a iniciar a coleta, mas passei mal e não completei a bolsa de sangue”, lamentou.

A frustração por não ter conseguido concluir a doação foi grande. “Depois disso, procurei auxílio médico e vi que o medo era psicológico”, disse Thiago. Após seis meses da tentativa frustrada, ele conseguiu, finalmente, fazer sua primeira doação de sangue. “Foi uma grande satisfação e alegria. Me proporcionou um encontro pessoal com Deus, porque doar é um ato de amor”, contou.

Estoque baixo

A experiência negativa vivida por Thiago Gonçalo na sala de coleta de sangue foi revertida para o bem. Em 2010, o analista de sistema decidiu criar o grupo Doe Sangue PB, uma Organização Não Governamental (ONG) que busca incentivar a doação de sangue.

Iniciativas como essa fazem muita diferença. No início do verão, principalmente entre as festas de final de ano e as férias escolares, muitas pessoas viajam e geralmente o número de doação nos bancos de sangue cai. Daí a importância de sensibilizar a população a continuar doando. Sempre.

Segurança

A hematologista Flávia Pimenta, médica cooperada da Unimed João Pessoa e coordenadora da Agência Transfusional do Hospital Alberto Urquiza Wanderley, destaca que doar sangue, ao contrário do que algumas pessoas imaginam, não traz riscos ao doador, mas ajuda muito quem está precisando. “Não há substituto medicamentoso para o sangue, portanto a doação é essencial para aquele que precisa”, resume Flávia Pimenta.

Não é à toa que as diversas campanhas divulgadas na mídia sobre doação de sangue disseminam que esta ação salva vidas. Para Flávia Pimenta, doar sangue é algo altruísta. “É a única forma de atender com segurança aquele paciente que necessita.”

Orientações

Pessoas com idade entre 16 e 69 anos, pesando mais de 50 kg e que estejam bem de saúde podem ser doadores de sangue. Veja as orientações:

– O candidato deve portar um documento de identidade oficial com foto;

– Jovens com 16 e 17 anos só podem doar sangue com autorização dos pais ou responsáveis legais;

– O doador não precisa estar em jejum. Apenas deve evitar alimentos gordurosos nas quatro horas que antecedem a coleta e bebidas alcoólicas 12 horas antes;

– O candidato também será examinado por um profissional de saúde para avaliação de pessoas com alto risco de transmissão de doenças pelo sangue.

Importante saber

– Não existe a obrigação de virar doador frequente após a primeira vez. Essa é uma escolha do cidadão;

– Após fazer piercing ou tatuagem, a pessoa deve esperar um ano até a próxima doação de sangue;

– Quem fez maquiagem definitiva também impede a doação por um intervalo de 12 meses;

– Os adeptos de atividade física devem fazer uma pausa de 12 horas antes e 12 horas após doar sangue;

– Cada mulher pode fazer até três doações anuais.  Já os homens podem fazer até quatro, ou seja, de dois em dois meses.

Fonte: Assessoria
Créditos: Assessoria