Divagações da terça

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Marcos Tavares

Dois santos novos no panteão celeste, João XXIII e João Paulo II. Confesso que não me sinto à vontade para rezar a gente que vi na TV, que ouvi falando e cometendo erros. Continuo com meus santos de devoção, São Jorge Guerreiro e o padrinho Cícero infalível em atender nordestinos. Absolutamente não contesto a santidade desses dois príncipes da Igreja, apenas acho que santo moderno não obra milagres, mas ambos estejam à vontade para tentar dar um jeito nesse Brasil, já que nem Dilma, nem Lula e nem o povo conseguem uma fórmula para voltarmos outra vez a almejar o primeiro mundo.

Uma notícia que me tira o sono é o empobrecimento de Eike Batista, nosso orgulho nacional que desfilava anualmente nas páginas de Forbes, com seu garotinho Thor – o atropelador de ciclistas – e que nos matou de inveja ao conquistar o coração de Luma de Oliveira, só o coração, pois o resto o bombeiro levou. Como ficaremos agora sem esse ídolo, o homem que amealhava milhões e que nos deslumbrava a todos com seu toque que transformava até cocô de cachorro em dinheiro. Pobre Eike agora reduzido a um mortal comum com contas e promissórias a pagar.

Fiquei danado de raiva ao saber que Obama espiona meus e-mails, coisa proibida no mundo todo, mas o que fazer se ele reina no mundo? Confesso que temo pelo Egito e acho que ele caminha para uma guerra civil braba. Tenho medo do Congresso, principalmente desse Congresso que parece tão dócil à vontade popular e temo pelo rebaixamento do Flamengo, uma catástrofe nacional. No mais, saímos das ruas, liberamos as estradas, guardamos nosso protesto e retomamos nossa vidinha besta, porque para besta nascemos e bestas morreremos.

Com que roupa?

Dirigentes do Partido dos Trabalhadores convocaram e orientaram a sua militância para irem às ruas no próximo dia 11, quando se tentará parar o país com uma greve geral.

Eu, na minha santa ignorância, pergunto que cartazes e propostas a meninada do PT irá levar para as ruas. Se for contra a corrupção, bate no partido. O partido do mensalão e de Rosemary. Se for contra a administração, bate em Dilma – a búlgara – e em Lula, que há 10 anos comandam o país.

Se forem gritar contra a inflação, bate em Mantega e na política econômica desastrosa que o PT adotou. Eu acho que se eles forem às ruas terão de ir calados e silenciosos, pois a pedra que jogarem pode cair em seu telhado.

Eleitora

A prefeitura da capital está criando a fama de ser uma grande eleitora. Foi assim no tempo de Agra, quando milhares de contratados irregularmente decidiram pelo nome de Cartaxo.

Continua agora nas mãos de Cartaxo o mesmo festival de nomeações, muito embora MP e TCE já tenham alertado o prefeito para esse crime.

Mas com o mano Lucélio em meio a uma disputa política, o jeito é botar a máquina municipal pra moer, pra ver se assim espreme alguns votos.

Quanto à legalidade, esse é outro caso…

Espionando

Tenho pena de Obama. Tentar escutar conversas telefônicas de aparelhos da OI, TIM ou Claro deve ser um suplício.

Nem nós que ligamos ouvimos.

Tudo Bem

O vice-prefeito Nonato Bandeira é um otimista nato. Para ele continua tudo bem no relacionamento entre Agra e Cartaxo.

Só ele não enxerga – ou não quer enxergar – o abismo que se abre entre os dois.

Despachados

Tal como insinuaram a contratação de médicos cubanos, desistiram da ideia sem explicar nem uma coisa nem outra.

A vez será para espanhóis e portugueses. Ora, pois, pois…

Seca

Funcionários da Cagepa – os que não ganham salários nababescos – prometem greve para a quarta-feira.

Quem precisar dos serviços da empresa que entre pelo cano.

Mortal

Esses chineses são realmente um povo estranho.

Condenaram à morte o ex-ministro Liu Zhijim por corrupção. Já imaginaram se essa moda chega ao Brasil?!

Queda

Cai o último bastião da moralidade nacional.

Ministro Joaquim Barbosa embolsa R$ 580 mil de ajudas atrasadas. E nem se indignou.

Frases…

Gramática – Morrer é um verbo pra ser conjugado sempre no futuro.

Voando – Há algo no ar além dos aviões de carreira. São os ministros.

Bondade – Tem muita gente de alma boa. O corpo é que não presta.