Imagem registrada durante manifestação em Ipanema ganhou as redes sociais por mostrar o empresário com a família à frente e a babá atrás, vestida de branco, empurrando o carrinho das crianças
O diretor de Finanças do Flamengo, Claudio Pracownik, se tornou personagem da manifestação deste domingo (13/3), ao ser clicado com a família no Rio de Janeiro, no protesto contra o governo Dilma. A imagem mostra Claudio e a esposa, Carolina Maia Pracownik, vestidos com roupas nas cores verde e amarela, acompanhados dos dois filhos e de uma babá, uniformizada de branco, que empurrava o carrinho das crianças. A foto, que foi clicada pelo repórter do Correio Braziliense (jornal do grupo Diários Associados), João Valadares, viralizou na web, dividiu opiniões dos internautas e se transformou em parte da discussão entre apoiadores do governo e opositores.
Em sua página no Facebook, Pracownik classificou a foto como “exposição de sua privacidade”, destacou que a babá só trabalha aos fins de semana e que tem a carteira assinada.”Na manifestação ela está usando sua roupa de trabalho e com dignidade ganhando seu dinheiro. Ela é, no entanto, livre para pedir demissão se achar que prefere outra ocupação ou empregador”, comentou.
Confira a nota na íntegra:
“Sí Pasarán!”
Ganho meu dinheiro honestamente, meus bens estão em meu nome, não recebi presentes de construtoras, pago impostos (não, propinas), emprego centenas de pessoas no meu trabalho e na minha casa mais 04 funcionários. Todos recebem em dia. Todos têm carteira assinada e para todos eu pago seus direitos sociais.
Não faço mais do que a minha obrigação! Se todos fizessem o mesmo, nosso país poderia estar em uma situação diferente
A babá da foto, só trabalha aos finais de semana e recebe a mais por isto. Na manifestação ela está usando sua roupa de trabalho e com dignidade ganhando seu dinheiro.
A profissão dela é regulamentada. Trata-se de uma ótima funcionária de quem, a propósito, gostamos muito.
Ela é, no entanto, livre para pedir demissão se achar que prefere outra ocupação ou empregador. Não a trato como vítima, nem como se fosse da minha família. Trato-a com o respeito e ofereço a dignidade que qualquer trabalhador faz jus.
Sinto-me feliz em gerar empregos em um país que, graças a incapacidade de seus governantes, sua classe política e de toda uma cultura baseada na corrupção vive uma de suas piores crises econômicas do século.
Triste, só me sinto quando percebo a limitação da minha privacidade em detrimento de um pensamento mesquinho, limitado, parcial cujo único objetivo é servir de factoide diversionista da fática e intolerável situação que vivemos.
Para estas pessoas que julgam outras que sequer conhecem com base em um fotografia distante, entrego apenas a minha esperança que um novo país, traga uma nova visão para a nossa gente. Uma visão sem preconceitos, sem extremismos e unitária.
O ódio? A revolta? Estas, deixo para eles.
Fonte: Estado de Minas
Créditos: Estado de Minas