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Diretor da PRF teve expulsão sugerida em 2020 por espancar frentista

Créditos: Carolina Antunes/PR

A inércia da Polícia Rodoviária Federal (PRF) diante das centenas de pontos de bloqueio nas rodovias em vários estados do Brasil impostos por caminhoneiros bolsonaristas golpistas trouxe essa organização policial da União para o centro de um debate sobre o danoso e profundo aparelhamento do Estado pelo presidente derrotado em sua tentativa de reeleição Jair Bolsonaro (PL).

Frente às ações dos radicais de extrema direita que tentam desestabilizar o país, o chefe máximo da PRF, Silvinei Vasques, que é diretor-geral, não colocou suas tropas para trabalhar e retirar os arruaceiros de cariz antidemocrático das vias, garantindo a normalidade na malha rodoviária federal, e não o fez sequer com ordens judiciais expedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e sob ameaça de pagar multas vultosas e de ter sua prisão decretada pelo crime de desobediência.

Mas quem é Silvinei Vasques, o comandante da PRF que até pediu votos para Bolsonaro no segundo turno por meio de suas redes sociais?

Nascido no Paraná, na cidade de Ivaiporã, Vasques está na PRF desde 1995 e já ocupou vários postos na hierarquia desta força policial. Ele também se meteu com a política num passado recente, tendo ocupado o cargo de secretário municipal de Segurança Pública e de Transportes da cidade catarinense de São José, entre 2007 e 2008.

No entanto, o fato que mais chama a atenção na carreira de Vasques como policial rodoviário federal é uma sugestão de expulsão dos quadros da PRF constante num processo interno, finalizado em 2020, depois que ele foi considerado autor de uma grave agressão contra um frentista que trabalhava num posto de combustível, em Cristalina (GO), em 17 de outubro de 2000.

Sua exclusão do serviço público só não aconteceu porque o crime foi considera prescrito, uma vez que demorou 20 anos para que a corregedoria da PRF aconselhasse sua demissão.

Gabriel de Carvalho Rezende, a vítima dos socos e chutes que teriam sido desferidos por Vasques, contou no boletim de ocorrência registrado na Polícia Civil de Goiás, à época, que o PRF chegou ao estabelecimento e determinou a ele que a viatura em que trabalhava fosse lavada, o que o fez responder ao agente que o pedido não seria atendido porque o posto não contava com esse serviço. A partir daí, o trabalhador relatou que passou a receber vários socos e chutes de Vasques.

 

Fonte: Polêmica Paraíba com revista fórum
Créditos: Polêmica Paraíba