Mesmo convencida a manter Antonio Palocci na Casa Civil, apesar do bombardeio que o ministro vem recebendo, diante das denúncias de enriquecimento fora do normal, a presidente Dilma Rousseff já tem o nome do possível sucessor para posto estratégico dentro do governo: Paulo Bernardo, atual ministro das Comunicações.
Durante a formação do governo, Bernardo apareceu nas listas de possíveis ocupantes da Casa Civil. Mas Dilma preferiu Palocci, devido ao papel importantíssimo que ele teve na campanha presidencial e por ser muito bem-visto no mercado financeiro, no meio empresarial e, sobretudo, na grande imprensa. Mas Dilma sabia o risco que corria, diante do histórico de Palocci, envolvido em vários escândalos desde que ocupou a prefeitura de Ribeirão Preto.
Dilma ainda está convencida a manter Palocci no cargo, mas admite que o desgate do governo está aumentando além da conta, principalmente por causa da paralisia dos ministérios. Nenhum grande projeto está sendo tocado pela atual administração. A ineficiência e a burocracia engoliram os primeiros cinco meses de governo.
A mais nova denúncia contra Palocci foi feita pela Folha de S. Paulo. A empresa dele, a Projeto, teria faturado R$ 10 milhões em apenas dois meses, logo depois das eleições presidenciais. A Procuradoria-Geral da República deu 15 dias para que Palocci explique como o seu patrimônio aumentou 20 vezes nos últimos quatro anos, quando era deputado federal.
Do Correio Braziliense