Dilma indica o advogado Luís Roberto Barroso para vaga de Ayres Britto no Supremo

A presidente Dilma Rousseff escolheu nesta quinta-feira Luis Roberto Barroso como o novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). A notícia foi antecipada pelo colunista de O GLOBO, Ancelmo Gois. Antes de tomar posse, o indicado terá de passar por sabatina no Senado. O Palácio do Planalto confirmou a indicação do novo ministro.

A mensagem com a indicação de Barroso será encaminhada nas próximas horas ao Senado para apreciação. Em nota, o Palácio diz que “ Barroso cumpre todos os requisitos necessários para o exercício do mais elevado cargo da magistratura no país”. O convite foi feito pessoalmente pela presidente ao advogado.

Na manhã desta quinta-feira, Dilma se reuniu com o ministro da Justiça, José Eduardo Crdoso, e tomou a decisão. Mas antes do anúncio oficial, a presidente deu alguns telefonemas, entre eles ao vice Michel Temer.

A 11ª cadeira está aberta desde novembro do ano passado, quando Ayres Britto se aposentou.

Barroso tem 55 anos, nasceu em Vassouras, no interior do Rio de Janeiro. Seu pai é membro aposentado do Ministério Público do Rio de Janeiro e a mãe era advogada. Ele é professor titular da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e professor visitante da Universidade de Brasília (UnB). O novo mistro atuou em julgamentos polêmicos no Supremo como o da células troncos e da extradição Cesare Battisti.

Na semana passada, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse que a presidente Dilma anunciaria no nome do escolhido “nos próximos dias” . Na ocasião, Cardozo afirmou que estima que a posse do novo ministro ocorra no início do próximo semestre. Se a expectativa se confirmar, há chance de o novato participar do julgamento de recursos apresentados por réus condenados no processo do mensalão.

Atualmente, o gabinete deixado por Ayres Britto é ocupado por Teori Zavascki. O novo ministro do Supremo ocupará o antigo gabinete de Joaquim Barbosa — hoje na presidência da Corte. Segundo a página do tribunal na Internet, há hoje 7.851 processos aguardando o próximo ministro.

O Globo