DILMA E O PT DECIDEM: NA PARAÍBA O APOIO É PARA VENEZIANO

PT CEDE EM ESTADOS POR APOIO NA CPI DA PETROBRAS

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Para consolidar apoios no Congresso que ajudem a blindar a presidente Dilma Rousseff e garantir o comando das investigações sobre a Petrobras na comissão parlamentar de inquérito, o PT começa a acelerar a reaproximação com o PMDB e põe em curso operação para desestimular candidaturas próprias em favor de candidatos peemedebistas; já estaria em curso a retração de candidaturas próprias do PT ou de aliados em favor de nomes do PMDB no Ceará, Maranhão, Paraíba e Goiás

Para consolidar apoios no Congresso que ajudem a blindar a presidente Dilma Rousseff e garantir o comando das investigações sobre a Petrobras na comissão parlamentar de inquérito, o PT começa a acelerar a reaproximação com o PMDB e põe em curso operação para desestimular candidaturas próprias em favor de candidatos peemedebistas.

Segundo matéria do Estadão, já esta em curso a retração de candidaturas próprias do PT ou de aliados em favor de nomes do PMDB no Ceará, Maranhão, Paraíba e Goiás.

No Ceará, a crise na Petrobrás pôs fim à disputa dos irmãos Cid e Ciro Gomes (Pros) contra o senador Eunício Oliveira (PMDB), que reivindicava o direito de disputar o governo. Eunício, que chegou a ser convidado para assumir o Ministério da Integração Nacional para abrir caminho para os irmãos Gomes, rejeitou a oferta de Dilma e afirmou que só aceitaria a candidatura ao governo. Segundo o Estadão, Eunício teve o aval da presidente e será o candidato da base.

Para o Pros, restou uma candidatura de de Ciro Gomes ao Senado, que disputar a vaga com seu ex-padrinho Tasso Jereissati (PSDB). A entrada de Ciro na corrida ao Senado sacrificou o deputado José Guimarães, ex-líder do PT na Câmara e vice-presidente do partido.

A crise na Petrobrás também deverá empurrar o PT do Maranhão para uma aliança com o senador José Sarney (PMDB-AP) e com a governadora Roseana Sarney (PMDB). Até agora, uma forte ala do PT insistia em romper com os Sarney e apoiar Flávio Dino, do PC do B. “Mas, por causa da CPI da Petrobrás, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva praticamente fechou o acordo para que os petistas desistam de Dino”, diz o Estadão (leia aqui).

Na Paraíba, a ordem é levar o PT para o PMDB do senador Vital do Rêgo. Escolhido em setembro ministro da Integração pelos senadores peemedebistas, Vital não chegou a ser convidado por Dilma para a função. No auge da crise com o PMDB, há um mês, ela ofereceu a ele o Ministério do Turismo. O senador não aceitou. Na coleta de assinaturas para a criação da CPI da Petrobrás, ele disse que não daria seu apoio por pertencer à base do governo. Dilma decidiu que o PT deverá apoiar o candidato Veneziano do Rêgo ao governo. Ele é irmão de Vital.

A CPI da Petrobrás deverá mudar também o quadro político em Goiás. O PT havia decidido que só se aliaria ao PMDB se o candidato fosse o ex-governador Iris Rezende. Mas o partido passa por uma disputa interna, com favoritismo de José Batista Júnior, o Júnior da Friboi. Há, nesse instante, uma pressão interna do PT para que o partido desista de lançar a candidatura do prefeito de Anápolis, Antonio Gomide, e apoie o nome do PMDB, mesmo que seja Júnior da Friboi.

O Planalto já sente os efeitos da reaproximação. A bancada do PMDB no Senado defende que o foco da CPI seja ampliado e alcance denúncias de cartel e fraudes em licitações de trens em São Paulo e o porto de Suape, o que atingiria partidos da oposição, como PSDB e PSB.