Digressões policiais

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Marcos Tavares

A cidade acordou ontem mais triste sem Fernanda Ellen. Um corpo encontrado no quintal de uma casa próxima à sua residência parece ser da garota selvagemente assassinada. Isso nos remete às várias hipóteses fantasiosas levantadas durante o desaparecimento da garota. O secretário da Segurança disse na televisão que o crime estava ligado às drogas. Não estava. O deputado Luiz Couto foi mais longe e trouxe de Brasília uma CPI das Pessoas Desaparecidas, talvez influenciado pela novela ‘Salve Jorge’. Eram teorias fantásticas de quem estava perdido nas investigações que acabaram por revelar um crime torpe.

A morte de Ellen não poderia ser impedida por nenhum aparato policial, pois se trata da ação de um psicopata e contra esses instintos não há defesa. Mas existe a investigação, menos glamourosa às vezes, meio trivial e terra a terra como o trabalho que foi feito e que acabou por chegar a Ellen através de uma prostituta que portava seu celular. Nada de grandes quadrilhas, nem de tráfico de mulheres e muito menos de droga. Ellen morreu vitimada pela insanidade e crueldade de um doente.

A atividade policial, já se disse, é mais suor que talento. É a coleta segura de provas, a busca incessante por indícios e menos delírios, que os delírios nunca levam a bons caminhos. Fernanda Ellen esteve todo esse tempo numa cova rasa vizinha à sua casa por mais que isso seja patético e simplório. Que essa investigação sirva de lição aos nossos ‘Sherlocks’ e que da próxima vez procurem o óbvio em vez de mergulhar na geleia do sonho mirabolante.

Ousadia

Os bandidos não assaltam mais distantes agências em povoados do interior. Invadiram e assaltaram a agência Bradesco no centro da cidade, de cara limpa e fugiram levando o dinheiro.

Quando a ousadia dos marginais chega a esse ponto significa que eles absolutamente não temem a polícia nem o aparato de segurança montado no Estado e estão prontos a desafiá-los em qualquer lugar.

Urge providências na área que deveriam começar com uma mudança na equipe que claramente não vem desempenhando seu trabalho a contento. Isso é óbvio.

Tou fora

Cartaxo nunca foi de comprar brigas e muito menos de se expor politicamente. Por isso calou quando Agra – até agora seu correligionário – decidiu abrir baterias contra o Governo e sua residência oficial, a Granja Santana.

Faz parte do comportamento político do prefeito não entrar em disputas principalmente quando elas ficam pessoais e mais agressivas.

Até agora tem dado certo para Cartaxo.

Financiamento

De acordo com a nova proposta de Lei Eleitoral, o erário público financiará as campanhas. Partidos com maior representação no Congresso ganham mais, o que significa que terão mais chances de eleger seus candidatos. E ficar no poder.

Coração

Parece que a única meta do vereador Santino é encontrar uma mulher que preencha sua solidão e com quem divida seu pequeno mundo.

Se é assim, a Câmara é o lugar errado. O programa de Sílvio Santos seria mais indicado.

Enquadrar

O nosso PT não existe. Criaram uma comissão para “enquadrar” Agra e arrancar dele a decisão de ser petista.

Fala sério! Já se viu alguém obrigar a alguém a ser seu correligionário?!

Limpinho?

A Emlur- aquela do escândalo do lixo – cria um aplicativo chamado ‘Olha só, limpinho’. Não deve se referir absolutamente ao comportamento da autarquia.

Sem Gás

O senador Cássio Cunha Lima desdenhou da indicação do nome para dirigir a PB Gás.

Ele frisou que a aliança entre ele e Ricardo não passa por cargos.

Tempos

Vinte anos depois da tragédia do Carandiru deve começar o primeiro julgamento dos policiais envolvidos na chacina.

A Justiça não é só cega. É paralítica.

Frases…

Grandes Mentiras – O povo unido jamais será vencido.

Grandes Mentiras – É só uma picadinha, não vai doer nada.

Grandes Mentiras – Paro de beber quando quiser, o álcool não me domina.