O dia 28 de setembro é Dia de Luta pela Descriminalização do Aborto na América latina e no caribe, uma data instituída em 1990 durante o Quinto Congresso Feminista. A ideia é chamar atenção para o número de mortes na região por cause de procedimentos realizados sem condições de higiene e saúde adequadas e também para o direito das mulheres de decidirem sobre seus corpos.
Longe da América Latina, o estado australiano de New South Wales , também aprovou esta semana a interrupção da gravidez — mas até 22 semanas.
Aborto é questão delicada, que envolve a saúde de mulheres, sobretudo as que vivem em situação econômica precária. Para entender melhor, é importante ter informação. Os dados abaixo foram compilados a partir da Organização Mundial de Saúde (OMS), Anistia Internacional, Centro para Direitos Reprodutivos e da Fundação Thomas Reuters.
Dez fatos sobre o aborto em todo o mundo
1. Cerca de 90 milhões de mulheres em idade reprodutiva, ou 5% do total global, moram em países onde o aborto é banido completamente.
2. A média de mortalidade materna é três vezes maior em países com legislação mais severa contra o aborto — com 223 mortes a cada 100 mil nascimentos — do que em países com leis menos severas, onde o número cai para 77 mortes a cada 100 mil nascimentos.
3. Complicações durante a gravidez e o parto são a principal causa de morte para meninas entre 15 e 19 anos em todo o mundo.
4. Cerca de 50 países liberalizaram suas leis a respeito do aborto nos últimos 25 anos, com cerca de 60% das mulheres em idade reprodutiva vivendo em países que permitem o aborto.
5. Em abril, a corte da Coreia do Sul derrubou a proibição ao aborto que vigorava no país há mais de 65 anos, afirmando que a legislação inconstitucionalmente restringia os direitos das mulheres.
6. A Irlanda legalizou o aborto em um referendo de 2018 depois que a maioria dos eleitores apoiaram a mudança. Isso apesar da população ser majoritariamente católica.
7. Uruguai e Cuba são os únicos países latino-americanos que permitem o aborto amplamente.
8. A Argentina rejeitou legalizar o aborto no ano passado. Este mês, o Equador votou contra uma legislação que permitiria o aborto em caso de estupro
9. Fora da capital, que legalizou o aborto em 2007, o procedimento é ilegal em todos os estados mexicanos, à exceção de circunstâncias como o estupro.
10. Cinco estados americanos — Georgia, Ohio, Kentuckt, Mississippi e Louisiana — aprovaram leis que declaram o aborto ilegal depois de seis semanas.