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Arimatea Sousa

Garimpo

Saiu no ‘Globo’ a reprodução do trecho de um comentário do ministro Gilberto Carvalho (Secretaria Geral da Presidência) na direção do seu colega da Fazenda Guido Mantega, na recente reunião ministerial com a presidente Dilma.

“Guido, você me perdoe! Mas a gente vai à feira e o cenário é outro. Todos reclamam da alta dos preços e da inflação. Se está tudo bem, o que a gente está fazendo aqui? O governo está falando uma coisa e o povo nas ruas, falando outra!”

‘DataCícero’

O senador Cícero Lucena (PSDB) disse na tribuna do Senado que já tramitam no Congresso Nacional 1.105 propostas sobre educação.

Da boca de…

“… O PT deve parar de querer governar sozinho, pegando o que há de pior no PMDB…” (ex-senador Marina Silva).

Homenagens 

O Complexo Jurídico do bairro da Liberdade, em Campina, vai ganhar ao final do processo de urbanização dos seus acessos quatro bustos, conforme anunciou o prefeito Romero Rodrigues: Aluizio Campos, Ronaldo Cunha Lima, Vital do Rêgo e Raymundo Asfora – ilustres filhos na área do direito.

Desperdício

O deputado Manoel Júnior, presidente do PMDB na Capital, disse que o seu partido “nunca atendeu a ideia” da presidente Dilma para a realização no curto prazo de um plebiscito.

Para ele, “seria um gasto oneroso e não valeria absolutamente nada”.

Poda

Manoel Júnior destacou que a defesa partidária no momento é a do enxugamento na estrutura administrativa do governo – 39 ministérios -, mesmo que isso represente reduzir o espaço do PMDB na Esplanada dos Ministérios.

Da boca de…

“… Sou um aprendiz de reitor…” (professor Edilson Amorim, reitor da UFCG).

Alô TJ

O Ministério Público já fez a sua parte: dotou a representação em Campina de modernas instalações.
Cabe ao Judiciário construir na cidade um fórum à sua altura.

Resgate

Recente editorial do jornal Folha de São Paulo: “A fluidez e a desorganização dos protestos tornam sua pauta caleidoscópica, multifacetada e cambiante. Essa é a sua força, e também sua vulnerabilidade”.

Tiro no pé

Após passar pelo constrangimento público de não conseguir sustentar por 24 horas a sua equivocada proposta de ‘Constituinte Exclusiva’ para a reforma política, a ideia subsequente da presidente Dilma Rousseff também já afunila rumo ao ralo das inutilidades.

Ou melhor: tem servido para aprofundar o desgaste do governo.

Primórdios

A história do plebiscito vem de longe, mais precisamente da Roma Antiga.

Significa na prática – simplificadamente – a convocação do povo para que opine sobre determinado tema. É como se fosse um exercício pontual de democracia direta.

Utilização

Isso acontece na maioria dos casos em momentos de crise, quando se observa a falta de legitimidade nos poderes constituídos – uma crise de representatividade como tem sido dito -, ou quando existe (aparente) profunda divisão na população sobre determinado assunto de relevância.

Manipulação

No caso concreto atual, o plebiscito está sendo entendido por parte das lideranças políticas e segmentos da população como uma manobra do governo para desfocar as cobranças que têm sido feitas ao longo das últimas semanas nas ruas, ao cabo de uma série imensa de protestos.

Distanciamento

É importante salientar que vários partidos da base governista – como o PMDB, o PSB, o PP e o PR – já se manifestaram contra a realização às pressas do plebiscito, como também são contrários à eventual aplicação de suas decisões ainda para o processo eleitoral de 2014.

‘Abstratos’

A bem da verdade, os temas sugeridos pela presidente para o plebiscito não têm apelo popular, a exemplo da questão do financiamento das campanhas eleitorais e da eventual adoção do voto distrital, que tem várias modalidades em utilização pelo mundo.

Raízes

Apesar de ser importante e até inadiável a reforma política, os protestos que enchem as ruas do país têm inspiração em problemas e aflições do cotidiano da maioria dos brasileiros, a exemplo das 60 milhões de pessoas que diariamente utilizam o transporte coletivo.

A fatura da ‘aventura’

Em resumo, não há conexão direta entre o plebiscito que o governo sugere – cujo custo estimado é de aproximadamente R$ 500 milhões – e o clamor popular.

Plebiscito: fácil de propor; difícil de fazer.

Pelas ruas de Campina, o poeta Ronaldo é um misto de seiva e saudade…