Era Sábado, quarto dia do ano, e por volta das 22h30m meu smart toca. Estou ainda no elevador do prédio onde moro e deixo para atender dentro do apartamento.
Do outro lado da linha o contemplado do dia no Diário Oficial, anunciado e publicado como novo secretário de Comunicação de RC, o jornalista Luis Torres.
– Dércio, estou te ligando para agradecer pelo artigo equilibrado que postaste sobre minha nomeação – disse, iniciando um diálogo inesperado, mas tranquilo.
A partir daí conversamos sobre nosso convívio nos últimos dez anos, pois fomos vizinhos de rua no 13 de Maio e colegas de coluna no Clickpb.
Encerrei nossa conversa elogiando a iniciativa de interlocução, lembrando-o que lamentavelmente nos últimos três anos a postura do governo tinha sido a de cercear o contraponto com cerco jurídico, financeiro e, mais recentemente, fiscal, quando a loja de minha esposa foi cercada por carros da polícia numa batida direcionada arquitetada pelo comando do Fisco.
– Quero me sentar com você para conversarmos sobre vários cenários – finalizou ele.
Fiquei a me perguntar o que estaria acontecendo nos bastidores do governo Ricardo para essa repentina mudança de hábitos na esfera da Comunicação?
Inteligente, Torres toma a iniciativa do diálogo para esticar a corda com setores críticos da mídia e ganhar uma trégua.
Em sua coluna no portal Wscom o menestrel Walter Santos logo estereotipou com muita propriedade a bebida na fonte “dudamendonciana” com a adoção do estilo paz e amor e arrematou: “Até quando?”.
Até ontem. Isso mesmo! A nova política de comunicação da gestão Ricardo Coutinho durou apenas 48 horas.
Mas, para ser justo, vou botar uma condicional. Teria durado até ontem se o que Fabiano tentou fazer com Gutemberg Cardoso foi orientação da SECOM.
Ontem o Correio Debate virou uma sucursal do Blog do Gordinho e a reboque o importante radiofonico foi pautado para amplificar uma briga pessoal que ambos alimentam nos bastidores, como se os ouvintes estivessem interessados na querela íntima desses dois talentosos filhos de Cajazeiras, que se bicam no ar, mas se cheiram em off, argumentando fair play.
Fabiano Gomes ontem entrou em parafuso e já apresenta sinais de insegurança profissional e política ao criar um fantasma que está vivíssimo na contabilidade do próprio Sistema Correio e trazer para a audiência seu desafeto profissional.
Foi anticorporativo, burro e emocional. Aliás, inteligência emocional é uma lacuna em seu currículo.
Só gostaria de saber se fez aquela merda toda orientado pela nova política de paz e amor da SECOM? Ficou evidente que combinado com Alexandre Joubert, Bia Ribeiro e Doutor Roberto Cavalcanti é que não foi.
Com a palavra a nova política de comunicação do Governo Ricardo Coutinho.
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