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Deputados pedem que STF investigue Bolsonaro por ataque às urnas

O chefe do Executivo cometeu improbidade administrativa, propaganda eleitoral antecipada, abuso de poder político e econômico e crime contra o Estado Democrático.

Nesta terça-feira (19), deputados de oposição pediram ao Supremo Tribunal Federal (STF) para autorizar uma investigação do presidente Jair Bolsonaro (PL) em decorrência da reunião com embaixadores estrangeiros realizada na tarde dessa segunda (18). Na ocasião, o mandatário voltou a fazer ataques, sem provas, ao sistema eleitoral brasileiro.

De acordo com os parlamentares, o chefe do Executivo cometeu improbidade administrativa, propaganda eleitoral antecipada, abuso de poder político e econômico e crime contra o Estado Democrático. Agora, cabe à Procuradoria-Geral da República (PGR) definir se existem, de fato, elementos para uma denúncia formal contra Bolsonaro. Além disso, o Ministério Público Eleitoral deve definir se apresenta ou não uma denúncia por crime eleitoral.

Bolsonaro usou a reunião com os representantes diplomáticos no Palácio da Alvorada para fazer ataques às urnas eletrônicas e colocar em dúvida o processo eleitoral brasileiro —  alegações já desmentidas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Na ação enviada ao Supremo, um grupo de dez deputados disseram que Bolsonaro usou o cargo para abalar a ordem democrática. “Não pode o representado usar do cargo de Presidente da República para subverter e atacar a ordem democrática, buscando criar verdadeiro caos no País e desestabilizar as instituições públicas”, escreveram no texto da representação.

Segundo eles, a ofensiva do presidente contra as urnas é “despropositado e absolutamente infundado ataque ao sistema eletrônico de votação adotado no país”.

“Devendo responder por ato de improbidade administrativa ao fazer uso direto e indevido, em proveito próprio, à luz do dia, de bens públicos como a estrutura da Presidência da República e divulgação pela TV Brasil, e por fazer propaganda eleitoral antecipada, cometendo ainda abuso do poder político e econômico e crime eleitoral, agindo de maneira indigna como presidente da República”, afirmaram na ação.

Fonte: IG
Créditos: IG