Deputado revela reunião do PMDB para aparar arestas, defende reeleição de Ricardo Marcelo e diz que se mantém na oposição a RC

“Defendo a permanência de um deputado presidente que honrou os compromissos firmados"

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O deputado estadual reeleito, Trócolli Júnior (PMDB), afirmou que segue no grupo de parlamentares que faz oposição ao Governo do Estado. Muito embora PMDB tenha aderido ao projeto do PSB no segundo turno das eleições, Trócolli disse que a decisão não é da maioria do partido e revelou reunião no próximo dia 25 de novembro para resolver impasses internos.

Trócolli afirmou respeitar a vitória “democrática” do PSB em relação ao PSDB, contudo, assegurou que é cedo para fazer projeções políticas para os próximos anos: “Estamos a pouco mais de oito dias do segundo turno do período eleitoral, então é precipitado fazer qualquer tipo de conjuntura e prefiro me resguardar”, disse.

O deputado revelou que ainda este mês haverá reunião com o diretório estadual para aparar arestas: “Estive hoje no PMDB e conversei com Antônio de Sousa, primeiro secretário, marcamos uma reunião para novembro para lavarmos toda roupa suja e então tomaremos nossas decisões. A coerência do deputado Trócolli Júnior é a mesma, até o final de janeiro, quando termina este mandato, eu serei oposição ao Governo do Estado”, frisou.

Ao ser questionado sobre possível apoio ao governador Ricardo Coutinho, Trócolli ponderou e admitiu diálogo com os dirigentes do PMDB: “Admito dialogar com meu partido, eu levo em consideração a fidelidade partidária, defendo que o diálogo deve ser permanente. Mas não concordo e seria um incoerência da minha parte criticar o governo por 4 anos e há vinte dias da eleição eu aderir ao projeto do governador”, criticou.

Sobre a eleição para composição da nova Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, o deputado sinalizou pelo apoio ao atual presidente Ricardo Marcelo: “Defendo a permanência de um deputado presidente que honrou os compromissos firmados e fortaleceu o poder legislativo. Mas digo que ainda temos 90 dias para que essa discussão venha a tona e nesse período dá pra rezar três missas de trigésimo dia”, brincou.

Trócolli comemorou a vitória apesar de dizer que o Governo do Estado usou a “máquina” para tentar derrotar que não estava ao seu lado: “Força do poder econômico, governo tentou derrotar quem não rezava na sua cartilha. Então foi uma eleição diferente, acabou comício, show, mas agora é dinheiro vivo, quem não tem dinheiro sofre e eu sofri muito. Mas só tenho a agradecer quem acreditou no meu trabalho e os 21 mil votos que tive”, afirmou.

Citado para uma possível disputa a Prefeitura de Cabedelo, o deputado afirmou que o município precisa de mudança independente de que seja o próximo prefeito: “Cabedelo é uma cidade sem sorte. Se você for a Cabedelo você pode ver os lixos nas calçadas, a insatisfação das pessoas. Então, qualquer candidatura que fizer um pouco por Cabedelo será bem vinda, seja eu, Lucélio ou Estela, o que precisamos é quebrar um ciclo de bandidos que governou Cabedelo e prestou um desgoverno”.

Por fim, o deputado criticou os poucos recursos que foram investidos na Paraíba pelo Governo Federal e criticou bancada federal paraibana. Trócolli disse que os deputados precisam cobrar mais da presidente Dilma Rousseff: “Tem muito cabra macho da bancada federal aqui na Paraíba e quando chega lá baixa a cabeça para a presidente. Precisamos cobrar uma ação mais enérgica do Governo Federal. A bancada da Paraíba tem que deixar de ser mole e apertar a presidente”.

O deputado destacou que o PT tem uma dívida com os paraibanos, tendo em vista que foi o Estado que menos cresceu no Nordeste e por isso cobrou empenho da bancada federal da Paraíba.

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