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Deputado quer derrubar norma que proíbe tachar homossexualidade de doença

Deputado quer derrubar norma que proíbe tachar homossexualidade de doença

Pastor Eurico argumenta que norma do Conselho Federal de Psicologia agride “liberdade de expressão, intelectual e de exercício da profissão”

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Em 1999, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) decretou uma resolução que estabelece normas de atuação para os psicólogos em relação à orientação sexual e afasta a ideia violenta e preconceituosa da homossexualidade como distúrbio ou doença.

De acordo com a resolução, os profissionais devem contribuir com a quebra de preconceitos e estigmatização dos LGBTs e não podem exercer “qualquer ação que favoreça a patologização de comportamentos ou práticas homoeróticas, nem adotarão ação coercitiva tendente a orientar homossexuais para tratamentos não solicitados.”

 Dezoito anos depois, um deputado defende a suspensão desta norma.

O Projeto de Decreto Legislativo (PDC) 539/16, do deputado Pastor Eurico (PHS-PE), argumenta que a resolução do CFP viola a Constituição federal na medida em que invade a competência do Congresso Nacional de legislar; legisla sobre direito da livre manifestação do pensamento; atenta sobre o direito da livre expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação; agride o livre exercício da profissão; e coloca em risco os direitos e garantias individuais.
De acordo com Eurico, o decreto não visa promover a “cura gay”, mas atribuir ao parlamento a finalidade de legislar sobre a ação dos profissionais da psicologia.

“Se quiser restringir direitos e deveres de profissionais da psicologia, o Conselho Federal de Psicologia deve mandar sua proposta para o Parlamento, a fim de debatermos sobre a vedação ou não de determinadas condutas da profissão”, explica Pastor Eurico.
Para ele, a resolução 1/99 do CFP impede a “pesquisa científica” sobre o comportamento de pessoas LGBTs.

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“Pode o Conselho Federal de Psicologia censurar o profissional de psicologia em eventos e congressos ou proibi-lo de se pronunciar em qualquer meio de comunicação sobre pesquisa e estudo científico sobre parcerias entre pessoas do mesmo sexo?”

O projeto do deputado será analisado pelas comissões de Direitos Humanos e Minorias; de Seguridade Social e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania, antes de ser votado pelo Plenário.

Fonte: HUFFPOST BRASIL