Depois de um mês, campanha eleitoral na PB se mostra pobre de ideias, de planos de gestão e de espírito

POR JOSIVAL PEREIRA

Análise: Depois de um mês, campanha eleitoral na PB se mostra pobre de ideias, de planos de gestão e de espírito

Nem parece, mas o país já viveu o primeiro mês da atual campanha eleitoral. A Paraíba também, óbvio.
Nos primeiros dias, o movimento dos candidatos foi ofuscado pelos últimos jogos da Copa do Mundo, mas, depois disso, todos já tiveram tempo de se apresentar em entrevistas, sabatinas, e debates, quer pelos veículos tradicionais de comunicação, quer pela internet.
E o que dizer do primeiro mês de campanha na Paraíba? Triste e lamentavelmente, quase nada. A campanha eleitoral na Paraíba tem se apresentado muito pobre. Pobre de ideias, de propostas e de espírito.


Evidencia-se que os dois principais candidatos – o senador Cássio Cunha Lima (PSDB) e o governador Ricardo Coutinho (PSB) – concentram a maior parte de seus esforços em tentar descontruir a imagem do outro, com toda sorte de críticas ou denúncias -, além da movimentação de atração de adesões de aliados um do outro. Em meio ao tiroteio, tem sobrado muito pouco espaço para a discussão de planos de governo.
Os candidatos dos pequenos partidos não ficaram atrás. Têm ideias e algumas propostas, mas privilegiam o ataque aos candidatos tradicionais.
O candidato do PMDB, senador Vital do Rego Filho, chegou por último e parece ter avaliado que se projetaria se priorizasse a apresentação de projetos e planos de governo, mas não tem conseguido impor o tom de seu discurso.
Pior é que a tendência é de aprofundamento dos ataques entre os candidatos, com perspectiva até de descambar para a chamada baixaria.
A Paraíba não merece isso. A torcida geral é para que não se chegue a tanto e que os candidatos concentrem seus esforços em discutir os problemas do Estado e da administração pública, com as devidas propostas de solução.
Não que ataques e denúncias em campanhas não tenham função. É uma forma dos eleitores conhecerem o lado mais obscuro dos candidatos, mas não se pode esquecer o objetivo principal das disputas eleitorais e da própria política, que é o de permitir ao eleitor escolher o melhor gestor dos recursos públicos e a melhor proposta de gestão para a melhoria da vida de todos.
Bom lembrar que as velhas e tradicionais brigas políticas sempre prejudicam a Paraíba.

por Josival Pereira