O deputado Carlos Batinga (PSC) ocupou a tribuna da Assembléia Legislativa da Paraíba (ALPB), na sessão desta quarta-feira (09), para criticar a falta “de ações efetivas de combate a seca por parte do Governo do Estado”. Segundo ele, o Executivo precisa instalar urgentemente um Gabinete de Gestão, para atender a população paraibana atingida pela estiagem, que ainda assola o Estado.
“É lamentável o que estamos vivenciando: uma crise de abastecimento no Cariri, Curimataú, Sertão e o governo nada faz. Estamos vivendo um caos e o governo não apresenta projetos de médio e longo prazo. É deplorável a ação governamental no que diz respeito a convivência com a seca”, afirmou.
Batinga também criticou o anúncio feito pelo governador Ricardo Coutinho (PSB) de retomada das obras da adutora de Mucutú para abastecer o município de Taperoá, no Cariri, mesmo a obra sendo questionado, já que no governo passado o então deputado oposicionista Zenóbio Toscano (hoje prefeito de Guarabira) apresentava laudos técnicos mostrando que a obra era inviável, já que a água era imprópria para o consumo humano.
“Ele [Ricardo] sempre faz festa na assinatura de ordem de serviço e a obra nunca sai. Mas, neste caso a situação é pior, já que um próprio aliado do governador tem laudos mostrando que a água de Mucutu não serve para consumo humano e não atenderá as necessidades da população local. Enquanto isso, a adutora do Pajeu, que traria água do Rio Pajeu em Pernambuco e é extremamente viável, simplesmente não é discutida”, declarou.
Com relação ao Gabinete de Gestão, o deputado destaca que o Estado precisa urgentemente instalá-lo para criar um programa de “perfuração de poços artesianos, disponibilização de carros-pipa, criação de Conselhos municipais de desenvolvimento social para acompanhar e provar projetos do Cooperar. “Enfim, o Governo do Estado precisa orientar a população, que não saber o que fazer”, completou.
“O Governo se preocupa mais em fazer propaganda, até de protocolo de intenções para supostas obras, do que informa a população dos serviços relacionados à seca, de como os agricultores podem ser atendido neste momento de dificuldades”, acrescentou.
Batinga finaliza ressaltando que suas cobranças são baseadas em estudos do professor do Departamento de Geofísica da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Pedro Viana, que há quatro anos coordenada projeto de integração do Rio São Francisco na bacia do Rio Paraíba (Eixo Leste).